Bem, pra inaugurar a discoteca do sétima aula, escolhi um grupo que encontrei em uma andança pela internet, anos atrás. Acho que esse grupo, o ANIMA – musica mundana humana et instrumentalis, tem tudo a ver com esse espaço. Eles misturam pesquisa histórica e música, buscando retratar a música da Idade Média, da Renascença e das comunidades não letradas de áreas rurais do Brasil. Dessa forma, conseguem registrar as tradições musicais que por muito tempo são passadas de geração em geração pela oralidade, ou seja, sem registros escritos ou capturados por qualquer tipo de gravação.
Podemos defini-los como historiadores da música. Não são os primeiros a fazer isso e esperamos que não sejam os últimos. O modernista Mario de Andrade, isso mesmo, aquele da Semana de Arte Moderna, de 1922, realizou trabalho semelhante. Mas ele focou sua pesquisa na música regional brasileira, registrando através de partituras e gravações de rolo muitas cantigas e batuques que, até então, eram desconhecidos do público geral.
Dos cinco discos lançados pelo grupo, tenho apenas três. E foi desses álbuns que eu tirei as duas músicas que escolhi para postar aqui. A primeira, Deodora, é instrumental. Remete o ouvinte à Idade Media e ao Renascimento. Mas, no decorrer da música, é possível identificar as raízes que também compõem a nossa música. Vale lembrar que a corte, quando atracou por aqui, trouxe a música europeia, e, antes disso, mouros, judeus, flamengos, espanhóis, os próprios portugueses e outra infinidade de pessoas vindas de várias partes do mundo já haviam passado por aqui e, possivelmente, assobiado alguma coisa ou tocado suas flautas e seus instrumentos.
A segunda música, Santidade – Mundano, resgata as cantigas brasileiras criadas a partir do cotidiano do povo e da religião, presentes no imaginário coletivo.
E, para terminar, incluí um vídeo em que o grupo comenta um de seus espetáculos e dá uma aula sobre os instrumentos medievais que tocam.
Acessem o site do ANIMA.
Espero que gostem.
Podemos defini-los como historiadores da música. Não são os primeiros a fazer isso e esperamos que não sejam os últimos. O modernista Mario de Andrade, isso mesmo, aquele da Semana de Arte Moderna, de 1922, realizou trabalho semelhante. Mas ele focou sua pesquisa na música regional brasileira, registrando através de partituras e gravações de rolo muitas cantigas e batuques que, até então, eram desconhecidos do público geral.
Dos cinco discos lançados pelo grupo, tenho apenas três. E foi desses álbuns que eu tirei as duas músicas que escolhi para postar aqui. A primeira, Deodora, é instrumental. Remete o ouvinte à Idade Media e ao Renascimento. Mas, no decorrer da música, é possível identificar as raízes que também compõem a nossa música. Vale lembrar que a corte, quando atracou por aqui, trouxe a música europeia, e, antes disso, mouros, judeus, flamengos, espanhóis, os próprios portugueses e outra infinidade de pessoas vindas de várias partes do mundo já haviam passado por aqui e, possivelmente, assobiado alguma coisa ou tocado suas flautas e seus instrumentos.
A segunda música, Santidade – Mundano, resgata as cantigas brasileiras criadas a partir do cotidiano do povo e da religião, presentes no imaginário coletivo.
E, para terminar, incluí um vídeo em que o grupo comenta um de seus espetáculos e dá uma aula sobre os instrumentos medievais que tocam.
Acessem o site do ANIMA.
Espero que gostem.
2 comentários:
Ótima ideia!
A música se encaixa perfeitamente na história narrada. Parece que você se transporta para dentro da história, dentro da época.
Musicalidade incrivel de todos, arranjos muuuito bons também. Adorei a rabeca, e a maneira com que a violonista toca aquele instrumento que parece um violão de 12 cordas, mas não tenho certeza.
Pena que esses tipos de música só são conhecidos para quem procura. Grupos como esse ainda dão esperança para a música brasileira, hahahaha.
Pena que a valorização é mínima.
Ah, é uma viola!
Incrivel o uso diferenciado desse instrumento nesse grupo.
Mauro.
Postar um comentário