Assisti no último final de semana a um show singular. Eu digo isso porque ele me levou a reafirmar intimamente algo que eu já tinha plena convicção; o Brasil é musical por excelência.
Essa característica do nosso país é tão marcante, que para mim é impensável compreender grande parte da nossa história sem levar em conta as manifestações musicais. Dei-me conta disso inconscientemente ao ouvir as músicas que preenchiam as manhãs e tardes da minha infância; e conscientemente quando, ainda na faculdade, lendo a bibliografia necessária para minha monografia – que tratava das pinturas rupestres dos povos que habitaram o Brasil durante a nossa pré-história –, descobri que o homem americano há alguns milhares de anos era tão preocupado em reproduzir seu imaginário através de sons, que chegou a criar instrumentos que o capacitassem para essa tarefa – é o que nos diz as pesquisas que tratam do assunto, sugerindo a confecção de uma flauta feita com osso, além de alguns tambores; e também a dança, explicitamente representada nas pinturas que cobrem as paredes dos sítios arqueológicos do Brasil.
Depois disso, na primeira metade do século XVI, com a chegada dos primeiros africanos, nosso país inicia uma fusão musical tão espetacular que eu a encaro como um acontecimento mágico dentro de uma história muitas vezes trágica. O mundo hoje classifica essa música como fusion, brasilian jazz ou world music. Os músicos brasileiros preferem chamá-la, acertadamente, de música brasileira. Afinal, o fusion é a nossa característica cultural particular. Somos musicalmente indígenas, europeus, africanos, mouros, orientais...
E o Mawaca, o grupo que vi nesse final de semana, traduz genialmente tudo isso. Assisti-lo foi o mesmo que materializar diante dos meus olhos todas as minhas convicções sobre o que é o Brasil musicalmente: pré-história, colônia, império, imigração e, por fim, magia.
O show chama-se Rupestres Sonoros – O Canto dos Povos da Floresta. O nome já dialoga comigo de maneira muito pessoal, é familiar demais. Quando vi no telão imagens da Pedra Furada – PI, fui arrebatado para o Brasil que nem a expedição de Cabral conheceu.
Visitem o site do Mawaca. Lá é possível baixar algumas músicas.
Essa característica do nosso país é tão marcante, que para mim é impensável compreender grande parte da nossa história sem levar em conta as manifestações musicais. Dei-me conta disso inconscientemente ao ouvir as músicas que preenchiam as manhãs e tardes da minha infância; e conscientemente quando, ainda na faculdade, lendo a bibliografia necessária para minha monografia – que tratava das pinturas rupestres dos povos que habitaram o Brasil durante a nossa pré-história –, descobri que o homem americano há alguns milhares de anos era tão preocupado em reproduzir seu imaginário através de sons, que chegou a criar instrumentos que o capacitassem para essa tarefa – é o que nos diz as pesquisas que tratam do assunto, sugerindo a confecção de uma flauta feita com osso, além de alguns tambores; e também a dança, explicitamente representada nas pinturas que cobrem as paredes dos sítios arqueológicos do Brasil.
Depois disso, na primeira metade do século XVI, com a chegada dos primeiros africanos, nosso país inicia uma fusão musical tão espetacular que eu a encaro como um acontecimento mágico dentro de uma história muitas vezes trágica. O mundo hoje classifica essa música como fusion, brasilian jazz ou world music. Os músicos brasileiros preferem chamá-la, acertadamente, de música brasileira. Afinal, o fusion é a nossa característica cultural particular. Somos musicalmente indígenas, europeus, africanos, mouros, orientais...
E o Mawaca, o grupo que vi nesse final de semana, traduz genialmente tudo isso. Assisti-lo foi o mesmo que materializar diante dos meus olhos todas as minhas convicções sobre o que é o Brasil musicalmente: pré-história, colônia, império, imigração e, por fim, magia.
O show chama-se Rupestres Sonoros – O Canto dos Povos da Floresta. O nome já dialoga comigo de maneira muito pessoal, é familiar demais. Quando vi no telão imagens da Pedra Furada – PI, fui arrebatado para o Brasil que nem a expedição de Cabral conheceu.
Visitem o site do Mawaca. Lá é possível baixar algumas músicas.
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