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As informações abaixo foram extraídas do site:
http://www.mawaca.com.br/mawaca/index.html
TAMOTA MORIORE/KOKIRIKO NO BUSHI
Tamota é uma canção usada para dar início à troca ritual de presentes e comidas entre dois grupos, os da aldeia e os da floresta. No encarte do LP Xingu, consta que essa música pertence ao grupo de Kritão, um importante chefe Txucarramãe, já falecido. No meio do canto Txucarramãe, citamos um trecho de Kokiriko bushi, a canção folclórica mais antiga do Japão, do povoado Goka, na província de Toyama. Cantada pelos plantadores de arroz, ela tem a função de pedir aos deuses xintoístas proteção e uma boa colheita. Essa canção aprendida oficialmente nas escolas, ficou por muito tempo esquecida no início do século XX, quando foi vetado o contato com canções de estilo folclórico – o minyo. Mas nesta última década, ela se popularizou novamente e ganhou até versões para ringtones de celular!
Kokiriko é também um instrumento de bambu 23 centímetros, cujo som, parecido com o de uma matraca, é usado pelos cantadores enquanto percorrem os arrozais. Assim se comunicam entre as montanhas.
Na verdade, Kokiriko é um tipo de bambu usado nos telhados das fazendas centenárias de Goka, hoje considerada patrimônio cultural por conta dessa tradição milenar. E esse bambu usado nas construções, quando secava, produzia um som tão bonito que acabou por dar origem ao instrumento.
E como se encontram esse Brasil e esse Japão?
TAMOTA MORIORE/KOKIRIKO NO BUSHI
Txucarramãe (Mato Grosso) e Goka (Japão)
canto de despedida dos Txucarramãe, grupo Kayapó do Xingu
cantiga folclórica japonesa de Toyama
baseada em áudio do LP Xingu Cantos e Ritmos – Phillips 1972
transcrição, adaptação e arranjo: Magda Pucci
base eletrônica: Xuxa Levy
Tamota moriore, more timore timore, timore
Re timore, timore timore
Shichisun gobu djá
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