segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Escambo Moderno

Neste último sábado, dia 27, foi noticiado nos jornais que a CIA, agência de inteligência norte-americana, está oferecendo Viagra e outras "bugigangas de uso pessoal" [canivetes, ferramentas, brinquedos, material escolar e vistos de viagem] para líderes tribais do Afeganistão. Em troca, os agentes da CIA esperam que os líderes lutem ao seu lado contra extremistas do Taleban. Um líder tribal sexagenário, casado com quatro esposas bem mais jovens que ele, recebeu as pílulas azuis e, feliz da vida, disse que os americanos poderiam fazer o que quisessem na sua área. Absurdo. Absurdo que já deu certo em terras brasileiras no séc. XVI e, pelo visto, anda ganhando outras partes do mundo em tempos modernos. tsc, tsc, tsc.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Erico Veríssimo escreveu em Olhai os Lírios do Campo:

– Por que será [...] que às vezes de repente a gente tem a impressão de que acabou de nascer... ou de que o mundo ainda está fresquinho, recém-saído das mãos de quem o fez? [...]
– São clareiras que se abrem de repente para a gente poder vislumbrar Deus.

Em meio à comilança e consumo desenfreado, espero que nessa noite também sejamos capazes de encontrar essas clareiras, vislumbrar Deus e o verdadeiro espírito natalino. Bom Natal e um ótimo Ano Novo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Link: Baptistão Caricaturas

O blog do caricaturista Baptistão – não é apelido ou aumentativo de Baptista, nem erro de grafia ou digitação; o nome do cara é esse mesmo – é um desses que você é capaz de visitar todo o histórico, por mais que isso leve um tempão. Caricaturista premiadíssimo no Brasil e no exterior, principalmente pelo seu trabalho no Estadão, Baptistão começou a desenhar muito cedo. Hoje, ao lado dos irmãos Caruso, é um dos principais caricaturistas do país e retrata com estilo único: políticos, artistas, músicos, jogadores de futebol e demais figurinhas tarimbadas da nossa história. Abaixo, seguem dois trabalhos dele. Mas não deixem de visitar: Baptistão Caricaturista.






segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Senhor Sandman – a música.

Como eu sei que ninguém gosta de ler post muito grande, deixei para esse a influência da música Mr. Sandman, na obra de Neil Gaiman – cantarolada por Constantine em Prelúdios & Noturnos vol. 1.
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A música gravada em 1954, pelo grupo vocal feminino The Fabulous Chordettes – ou apenas The Chordettes –, tornou-se um sucesso mundial, elevando as meninas à condição de superstars. A popularidade da canção resistiu ao passar dos anos e fez parte da trilha sonora dos filmes Philadelphia e De Volta para o Futuro I. No início da década de 90, foi gravada pelo Blind Guardian, banda alemã de power metal.
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Separei para vocês a gravação original do The Chordettes e o clip do Blind Guardian. Esse último, assim como a música, foi gravado no início dos anos 90, mas mantêm uma roupagem anos 80. Reparem que no início, os integrantes do Blind fazem uma referência às meninas do The Chordettes. Abraços.




quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sandman

Para as férias vou começar sugerindo uma HQ relançada recentemente: Sandman – Prelúdios & Noturnos vol. 1 (coleção em 17 volumes e mais três especiais).
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Neil Gaiman é um dos maiores roteiristas de quadrinhos desde o final da década de 80, quando lançou Sandman – Noites sem Fim, primeiro quadrinho a entrar na lista de mais vendidos do The New York Times. Já ganhou 13 prêmios Eisner, o Oscar dos quadrinhos nos EUA; escreveu os romances Deuses Americanos e Os Filhos de Ananzi, dois best-sellers que ficaram entre os livros mais vendidos nas listas de jornais e revistas do mundo todo; escreveu o roteiro para a série de TV Neverwhere, também lançada em livro; transformou seu livro infantil Caroline em animação e adaptou Stardust – também escrito por ele – para o cinema; foi o responsável, ao lado de Alan Moore, pela consolidação do selo Vertigo, que publica os quadrinhos adultos da DC Comics (Super-Homem e Batman); aqui no Brasil, foi chamado pelos críticos do jornal Folha de São Paulo de “o Stephen King dos quadrinhos” e, sua obra maior, Sandman, foi classificada, pelo Editor-chefe do Universo HQ, como “a melhor história em quadrinhos de todos os tempos”.
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Sandman é o Mestre dos Sonhos, irmão caçula da Morte – personagem que divide algumas páginas com o protagonista da série. Assim como, na mitologia romana, Marte personifica a guerra, ele, no universo criado pelo autor, personifica os sonhos. Segundo o próprio Gaiman, sua principal tarefa é governar o Mundo dos Sonhos, além de guardar suas fronteiras, já que é possível escapar – para o nosso mundo ou outra dimensão – ou penetrar nele. Dentre as muitas obrigações de um governador do Mundo dos Sonhos, destacam-se: garantir que as pessoas sonhem e que os sonhos criados sejam sonhados, além de programar os pesadelos para as noites e momentos oportunos.


Por mais que o personagem criado por Neil Gaiman seja único, ele foi inspirado em outras figuras conhecidas na Europa e no mundo. O mais famoso é Ole Lukoeje, ou Olavo fecha-olhos, criado por Hans Andersen, escritor dinamarquês de histórias infantis do século XIX. No Brasil, a expressão popular “joão-pestana” significa sono, em especial o sono das crianças. Seria uma referência a algum personagem do nosso folclore? Não sei. Mas se não existia um, Sandman, sem dúvida, preencheu essa lacuna, afinal está sendo relançado por aqui pela quinta vez! Uma ótima oportunidade para os mais jovens conhecerem essa obra-prima das HQs.

Eu li Sandman pela primeira vez com 15 anos na Gibiteca Municipal Henfil, agora, treze anos depois, pretendo fazer minha coleção comprando a edição da Pixel Media, recolorizada e recheada de extras: matérias descrevendo o processo de criação dos personagens, capas, e cheia de notas de rodapé. Para os que não conhecem o Mundo dos Sonhos, não existe melhor maneira de visitá-lo. O primeiro volume – Prelúdios & Noturnos vol. 1 – foi lançado no final de setembro, mas ainda pode ser encontrado nas bancas e livrarias. Veja o que te aguarda nesse número:

Uma ordem secreta, formada por ocultistas rivais do famoso Aleister Crowley – isso mesmo, o da música Mr. Crowley, do Ozzy Osbourne –, adquire, no término da I Guerra Mundial, um livro – Grimoire Magdalene – contendo o encantamento capaz de aprisionar e controlar a Morte, mas no lugar dela, encarceram o seu irmão mais novo...

Para mais detalhes, visite o blog da Pixel Media e leia o que foi postado sobre Sandman:

Esse mês sai o volume 2. Boa leitura, mas cuidado para não ter pesadelos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Morreu o último "Experience".

Mitch Mitchell, baterista da The Jimi Hendrix Experience, faleceu no último dia 12, aos 61 anos, na cidade de Portland, EUA.
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Em 1966, Jimi Hendrix chegou à Inglaterra. Acompanhado de seu agente, Chas Chandler, iniciou a procura pelos músicos que formariam sua banda, a The Jimi Hendrix Experience. Mitchell tocava bateria em Londres e, graças à sua relação com o jazz, recebeu o convite para integrar aquele que seria um dos maiores e mais notórios power trio da história do rock. Futuramente ficaria conhecido como um dos responsáveis pela popularização do fusion – mistura do jazz com outros ritmos, como o rock. Além dele, Hendrix convidou Noel Redding para o baixo. O curioso é que Noel era guitarrista – e nunca havia tocado baixo –, mas Jimi gostou do estilo e atitude do rapaz.
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Mitchell, em pouco tempo, deixou de ser o baterista que acompanharia a maior guitarra da história, transformando, ao lado de Redding, a Experience numa banda com direito à calçada da fama e demais honras e reconhecimentos. Tocou no Woodstock e gravou os três primeiros álbuns de Hendrix, ou seja, os seus maiores sucessos. Após a morte prematura de Jimi, gravou canções inéditas e outras inacabadas pelo parceiro. Morreu sozinho, de causa natural, em um quarto de hotel, após uma seqüência de 18 shows ao lado de gigantes da guitarra como Buddy Guy.
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Charles Gavin, baterista dos Titãs, colecionador de discos e pesquisador, leva ao ar, toda quinta-feira, às 20h, na Rádio Eldorado, o programa Quintessência. No mês passado dedicou uma edição inteirinha em memória de Mitch Mitchell, com direito a muitos dos sucessos de Hendrix. Confiram o podcast clicando aqui e boa audição!