O feriado de Corpus Christi – expressão latina que significa Corpo de Cristo –, comemorado hoje, é uma festa da Igreja Católica onde é entregue, simbolicamente, aos católicos, o corpo de Cristo, representado pela hóstia. Sabemos que essa prática não é exclusividade dessa festa, mas está presente na eucaristia – momento do culto em que o padre pronuncia palavras que “transformam” o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo, respectivamente, e, em seguida, o compartilha com os fiéis. Foi instituída por Cristo, na última ceia, quando Ele pronunciou as palavras: “Este é o meu corpo... isto é meu sangue... fazei isto em memória de mim”.
A celebração do Corpus Christi foi incorporada no ano litúrgico pelo Papa Urbano IV, em 1264, a pedido de uma freira agostiniana que exigia uma festividade para a prática da eucaristia. A sua celebração também está associada à história de um sacerdote chamado Pedro de Praga, que duvidava da presença de Cristo na eucaristia. Angustiado, foi até Roma orar diante do túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo, pedindo a eles o dom da fé. No caminho, participou de uma missa na Itália. No momento da eucaristia, a hóstia sagrada transformou-se em carne, e o sangue escorreu de sua boca, manchando suas vestes. A parte da hóstia que tinha nas mãos, mantinha sua forma original. O milagre provou a transmutação da hóstia no momento em que ela foi ingerida pelo sacerdote.
A prática de ornar as ruas com tapetes tornou-se costume no Brasil e em Portugal, provavelmente inspirada no relato bíblico em que Jesus, ao entrar em Jerusalém montado num jumento, tem o caminho por onde passa coberto por mantos e ramos de oliveiras [Mc. 11,8]. A idéia é a mesma. Se vamos receber Cristo, então, que se enfeitem as ruas.
Bom Feriado!