quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gripe A H1N1 – Recomendações

Pessoal,

O Colégio enviou para os pais de vocês uma circular com informações, divulgadas pelo Ministério da Saúde, de como podemos prevenir a gripe Influenza A H1N1. Caso os pais de alguns de vocês não a tenha recebido, segue abaixo as recomendações.

1. Limpeza das mãos: encaminharemos as crianças para lavagem das mãos com muita frequência, usando sabonete adequado que será disponibilizado pelo colégio.
2. Álcool Gel: usaremos este produto (álcool 70 graus), em todas as superfícies de contato, como: carteiras, mesas em geral em todas as salas, maçanetas das portas, banheiros etc..
3. Interferência na rotina alimentar: incluiremos no cardápio suco de laranja para reforçarmos o consumo de vitamina C.
4. Ventilação é muito importante: manteremos portas e janelas abertas para a circulação do ar, mesmo nos dias frios, neste caso a dica é: crianças bem agasalhadas. Ar condicionado é proibido!
5. A observação de nossas crianças será nossa prevenção. Em casos suspeitos: nariz escorrendo, febre, tosse, dores no corpo, procurar o médico e não encaminhar seu filho (a) para a escola.

No site do Ministério da Saúde há uma sessão com respostas para as dúvidas mais frequentes dos cidadãos. Caso você tenha alguma dúvida, acesse: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=32613&janela=1

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Abaixo da apresentação do blog, incluí uma seção de notícias. Pretendo atualizá-la sempre que houver alguma informação do interesse de vocês. Abraços.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

União Ibérica II

Você já aprendeu durante as aulas de História que entre os anos de 1580 e 1640, Espanha e Portugal formaram um mesmo país. O episódio, conhecido como União Ibérica, é visto com bons olhos por 39,9% dos portugueses, e 30,3% dos espanhóis. É o que mostra pesquisa realizada pela Universidade de Salamanca, e publicada no jornal espanhol El País.

Se o sonho dessa parcela da população dos dois países viesse a se tornar realidade, o novo país passaria a ser o maior em extensão, e a quinta maior economia, da União Européia. Mas como ficariam as questões culturais? Cada um deles possui tantas particularidades musicais, literárias, culinárias e de costumes, que talvez fosse melhor deixar as coisas como estão. Já é suficiente o fato de ambos participarem da União Européia, o que, na teoria, basta para haver cooperação mútua entre Portugal e Espanha. Acho que essa história acabaria de maneira desastrosa para os dois, como em 1640.

AVISO - SIMULADO OFICIAL DO ENEM SAI AMANHÃ
publicado hoje, na Folha de S.Paulo: O simulado do novo Enem terá 40 questões, dez de cada área do exame (português, matemática, ciências humanas e ciências da natureza). O modelo estará disponível no site www.enem.inep.gov.br.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Moonwalker

Eu não sei muita coisa do céu, muito menos do espaço. Do espaço eu só sei que se você tiver soluço e sua mãe pedir para você tomar água de ponta-cabeça, tudo fica mais fácil. E pelo o que andei lendo sobre os 40 anos da chegada do homem à lua, pra se saber das coisas do espaço não é necessariamente preciso pisar em Marte, na Lua, ou nos anéis de Saturno – acho que isso não é possível nem que alguém quisesse; nem tampouco construir estações espaciais. Os robôs são capazes de fazer todo o trabalho por um custo muito menor. A obsessão de pisar na lua foi mais uma das idéias americanas de se firmar como nação mais poderosa do mundo durante a Guerra Fria; e não uma atitude ligada, exclusivamente, ao desenvolvimento científico.

Ao acompanharmos os acontecimentos que antecedem a frase histórica pronunciada pelo astronauta Neil Armstrong, quando ele deu o primeiro “pulinho” na superfície esburacada da Lua, fica claro o receio dos americanos, que temiam ver os soviéticos se destacarem na exploração espacial; o que em tempos de Guerra Fria seria uma derrota e tanto.

Então, vamos aos fatos. Em 1957, no dia 4 de outubro, a URSS coloca o Sputnik, um satélite artificial, na órbita da Terra. Ôpa, como assim? Os soviéticos saíram na frente? Pois é, foi por conta disso que se deu início a corrida espacial. URSS 1 x 0 EUA. Em novembro do mesmo ano os soviéticos lançam o segundo satélite artificial, o Sputnik 2. Foi esse satélite, bem maior que o anterior, que colocou em órbita o primeiro ser vivo da Terra, a cadela Laika. Não, ela não está rodando em volta da Terra até hoje. Coitada, morreu sete horas depois do lançamento, provavelmente foi vítima do estresse da viagem – é sério, não estou brincando. Que triste. Mas, continuando a contagem: URSS 2 x 0 EUA. No ano seguinte, 1958, os americanos mandam seu primeiro satélite, o Explorer-1. Sem novidades, os soviéticos já haviam feito a mesma coisa duas vezes antes, e mais, uma delas com tripulação – coitada da Laika. Tudo bem, somaram 1 ponto. URSS 2 x 1 EUA. A resposta dos soviéticos foi além do esperado: Yuri Gagárin, em 12 de abril de 1961, é o primeiro ser humano a voar em órbita da Terra. Engraçado, esse personagem parece secundário na história das viagens espaciais. Continuando: URSS 3 x 1 EUA. No mês seguinte, o então presidente dos EUA, John Kennedy, em pronunciamento, declara que o principal objetivo da NASA deverá ser o de levar um homem à Lua e retorná-lo, são e salvo, à Terra até o fim da década de 60. Criaram a missão Apollo e você sabe o fim da história. Em 20 de julho de 1969 o mundo assistiu a transmissão ao vivo da chegada do homem à Lua, e os EUA viraram o jogo que perdiam de 3 x 1.

A grande sacada dos americanos foi mexer com o imaginário humano, já que a chegada do homem à Lua transformou aquilo que só era possível no cinema ou nos livros, em realidade. Michael Jackson, na época, com seus dez anos, talvez tenha tido a idéia de caminhar na Lua, naquela noite 20 de julho, diante da TV. Quem sabe? Era possível, ele viu com seus próprios olhos.

sábado, 18 de julho de 2009

Uma Foto

A foto acima foi publicada na edição nº 20 da revista Leituras da História, acompanhada da legenda Velho mundinho Fashion; e, logo abaixo, o texto a seguir:

"Aspirantes a modelo treinam em uma escola de Londres, em 1925. Na Inglaterra [...] há quase 90 anos a principal exigência para ser uma manequim de sucesso era ter uma postura altiva, digna de uma princesa. Para isso, era feito o exercício mostrado na fotografia acima, que consistia em equilibrar um livro sobre a cabeça, mantendo a coluna reta. A perna erguida servia apenas para dificultar a tarefa. Afinal, a vida de modelo nunca foi fácil."

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dívida

Os alunos do 6º ano andaram me cobrando postar as fotos de um trabalho deles, realizado para a gincana de História do 2º bimestre. Criei uma conta no Flickr e coloquei lá as fotos dos grupos com suas respectivas criações: maquetes do interior de pirâmides egípcias.
Dívida paga, rs.

As fotos estão disponíveis no endereço abaixo:
http://www.flickr.com/photos/setimaaula/

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Leituras da História

Vivo batendo numa mesma tecla quando converso com vocês, alunos, sobre a importância de não se distanciar dos fatos históricos quando fazemos a leitura de um livro, estudamos para a prova ou vamos ao cinema assistir um filme.
A maneira como o fato histórico chega até nós é sempre confortável. Ler um livro e assistir um filme é sempre entretenimento, e deve continuar sendo, mas há a necessidade de recebermos uma informação considerando sua proporção. Não podemos perder a sensibilidade diante de um genocídio, de uma catástrofe ou de práticas tirânicas de um governo. Mas como fazer isso? Sugiro que seja dando rosto, nome e vida aos personagens da História. Claro que na sala de aula o tempo é curto e precisamos entender o funcionamento das estruturas políticas e sociais do período estudado. É por isso que o aprendizado da História só se completa fora da sala de aula – a tal da sétima aula. É nesse momento que você pode “conversar com os mortos”, com os homens que viveram o instante que você estudou em sala. Pra isso acontecer, você só precisa de duas coisas: curiosidade e vontade. Movido por essas duas palavras você será capaz de “ouvir esses mortos” e deixar de participar das aulas de História como se fosse a coisa mais natural do mundo, ouvir o seu professor dizer que “morreram aproximadamente 6 milhões de judeus durante o tempo em que o regime nazista atuou” ou que, “em menos de 30 dias o Estado de Israel comandou uma guerra que matou milhares de palestinos na Faixa de Gaza”. Isso faz com que você deixe de participar daquele grupo que acha o máximo os fuzilamentos, as torturas e as maldades que, infelizmente, andam movimentando a roda da História. Afinal, você vai conhecer essas pessoas, e é só conhecendo-as que vocês poderão entender suas dores e suas alegrias.

Se nessas férias você estiver com a vontade e curiosidade necessárias para conversar com esses personagens que dão vida à História, vou indicar dois livros que considero espetaculares. O primeiro é HIROSHIMA, escrito pelo jornalista John Hersey, e considerado uma das mais importantes reportagens do século XX.
A reportagem que virou livro foi encomendada pelo fundador da revista The New Yorker, Harold Ross, que queria um relato sobre “o que significava uma cidade ser atingida por uma bomba atômica”. O texto de Hersey, narrando o drama de seis sobreviventes da bomba um ano após o seu lançamento, ocupou uma edição inteira da revista e deu a devida proporção a um fato que, até então, nem mesmo os americanos haviam se dado conta. Além do texto original, o livro também traz os relatos das conseqüências da bomba na vida desses sobreviventes quarenta anos depois.

O outro livro eu considero um dos melhores que já li. Chama-se As boas mulheres da China, escrito pela, também jornalista, Xinran, que esteve, nesse mês, na Festa Literária de Paraty para o lançamento de seu novo livro. Xinran entrevistou mulheres chinesas de diferentes idades e condições sociais entre os anos de 1989 e 1997, tentando compreender a condição da mulher na China moderna. A jornalista descobriu que essas mulheres continuam a viver presas aos fantasmas da história de seu país. Esse livro é obrigatório. Além de bem escrito, não traz aquela revolta que acomete as feministas.
[esse livro pode ser encontrado em versão de bolso e a preço acessível, semelhante ao valor de uma revista]

Abraços.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um Novo Mundo

Que o mundo está meio doido nós sabemos, e já faz algum tempo. Não é à toa que as teorias apocalípticas que difundem a idéia de que o mundo vai acabar antes mesmo do Brasil sediar a Copa de 2014 andam tomando corpo e convencendo um número cada vez maior de pessoas. Não são poucos os alunos que me procuram para conversar sobre documentários, matérias de revistas e livros que tratam do assunto. Não são otimistas nem pessimistas, não confessam acreditar ou desacreditar no que leram, viram ou ouviram; apenas demonstram a curiosidade que qualquer um de nós manifesta diante das famigeradas teorias da conspiração ou das sociedades secretas, supostamente responsáveis pelas mesmas.

Eu não acredito que o mundo vai acabar em 2012. Eu acredito que o mundo vai mudar em 2012. Mas essa mudança não tem, no meu ponto de vista, ligação direta com a data. Como acontece no desenrolar da História, não é uma data ou acontecimento que determina qualquer ruptura, mas sim uma série de transformações que se arrastam pelo passar do tempo e que, num dado momento, passam a ser notadas, assimiladas e incorporadas ao cotidiano. Foi assim, por exemplo, com a Revolução Francesa. Não foi a Queda da Bastilha que transformou o mundo e inaugurou a fase da História que chamamos de Contemporânea. Esse acontecimento foi o resultado de um processo anterior, grandioso e complexo, que transformou a maneira como o homem via o mundo, levando-o a se relacionar com ele de uma maneira nunca antes vista. E é um processo como esse que vivemos atualmente, o que aumenta as chances de algo transformador acontecer em 2012, ou 13, ou 14...

A loucura pela qual o mundo passa está desgastando ele de tal maneira, que as chances dele se manter nos moldes atuais é impensável, inviável. O desgaste é tão grande que os cidadãos não toleram mais seus absurdos e sua falta de ética. A mídia, mesmo a vendida, se vê obrigada a denunciar esquemas, atos secretos, falcatruas e pouca vergonha de todo gênero. Ela não pode omitir mais nada, pois se o fizer, os blogs trarão à tona toda a roupa suja que aguarda o dia de ser lavada. O furo de reportagem está no twitter antes mesmo de ir para a pauta dos jornais. Foi assim com o avião que caiu esse ano no Rio Hudson, em Nova York. Segundo os jornais, um jovem que passava pelo local no momento da queda, “twittou” do seu celular uma mensagem informando o acontecido, antecipando-se a qualquer meio de comunicação.

A reincidência da falta de escrúpulo de alguns políticos vem mudando, pouco a pouco, a mentalidade das pessoas, o que gera uma escolha mais criteriosa dos nossos representantes e demais servidores públicos. Maluf, pra citar apenas um nome conhecido por todos nós, já não tem condições de concorrer a grandes cargos públicos; golpes militares, como o que aconteceu recentemente em Honduras, são imediatamente condenados pelo mundo todo, ou seja, a democracia já é reconhecida como uma conquista indiscutível de qualquer cidadão e tornou-se um dever do Estado conduzir os processos democráticos, mesmo no caso de Honduras, onde até que se prove o contrário, o presidente deposto não tinha intenções muito nobres quando pediu uma revisão da Constituição de seu país. Mas ele foi eleito, e isso basta. Essa condenação deve ser comemorada pela comunidade internacional, já que até pouco tempo atrás, bandeiras eram levantadas em sinal de apoio a alguns governos ditatoriais. O Irã também passa por um momento importantíssimo e novo na sua história. O aiatolá – líder supremo que soma poderes político e religioso – passou a ser questionado e o país corre o risco de perder o seu controle para os militares que ocupam muitos cargos políticos. Não é o que a população almeja, mas, sem dúvida, o fim da teocracia é um indicativo de que o Oriente também já não suporta a situação atual. Imagine, quando iríamos assistir os jovens de Teerã deixar a companhia dos mais velhos, na hora em que se reúnem para rezar, e dirigirem-se até as ruas para reivindicar a posse legítima de Mousavi? Superaram o medo do dever religioso não cumprido, para exigir o seu direito democrático. Isso também é motivo para nós, cidadãos do mundo, comemorarmos, não?

Pois é, o que quero dizer é que sou um otimista! O mundo que eu vejo acabar em 2012, ou nos anos seguintes, é o mundo que não deve continuar a existir. E eu tive, recentemente, um exemplo claro disso. Foi quando os alunos do Colégio 8 de Maio organizaram-se e participaram de uma gincana, arrecadaram 6 toneladas de alimento, montaram 300 cestas básicas, entregaram todas elas às quase duzentas famílias do Juquiazinho, no município de Juquitiba, prepararam para as crianças de lá, um belo café da manhã, ensaiaram com o coral da escola e se apresentaram para elas, deram um nó na garganta de nós professores e funcionários do colégio e, mais do que isso, plantaram no coração de todos nós a certeza de que o mundo no futuro será bem melhor.

Aproveitem as férias, vocês merecem!