domingo, 21 de novembro de 2010

Destaque

A página Destaque foi atualizada com um belíssimo trabalho da aluna Gabriela Parra. Confiram.

Toda vez que essa página for atualizada, vou postar no blog o destaque anterior. Criei um marcador "destaque" [à direita, no "escolha por assunto"], para montarmos um arquivo dos trabalhos que passaram por essa seção.


Destaque anterior:

Para inaugurar essa seção do blog, escolhi uma atividade realizada em grupo, nos 6ºs anos, durante o 1º bimestre. O objetivo era recontar o mito tucano do jovem Uakti por meio de uma ilustração ou história em quadrinhos. O trabalho escolhido é dos alunos Pedro Nunes, João Vitor e Lucas, do 6º B. Abaixo do desenho está o mito do Uakti, extraído do blog Foi desse jeito que eu ouvi dizer...


Uma antiga lenda nos conta que há muitos anos existiu na Terra um ser mágico chamado Uakti. Por ser mágico, o seu corpo era repleto de buracos que, ao serem penetrados pelo vento, produziam sons harmônicos, de grandiosa beleza. Esses sons melodiosos encantavam as mulheres da aldeia dos índios Tucanos, as quais por Uakti rapidamente se apaixonavam.
Despeitados e com ciúmes de Uakti, os homens da aldeia se uniram para matá-lo. A violência foi tão grande, que do seu corpo só restou alguns pedaços, rapidamente enterrados próximo da aldeia.
Só que para surpresa dos Tucanos, primaveras mais tarde, exatamente naquele local onde esse ser mágico fora brutalmente assassinado e enterrado, brotaram plantas cilíndricas e longas, curiosamente ocas: nascia ali um bambuzal. E quando o vento soprava entre os bambus, produzia o mesmo som encantador de Uakti.
Foi então, que os homens da aldeia se deram conta que poderiam produzir instrumentos para seduzirem as mulheres.
Dessa forma, passaram a fazer flautas de bambu para encantar suas amadas com a beleza do som do instrumento.

domingo, 14 de novembro de 2010

Minuto Científico

Os alunos do Colégio 8 de Maio já mostraram mais de uma vez seu talento para a criação de vídeos ou fotomontagens. Por isso, o concurso abaixo pode ser do interesse de muitos de vocês. Os interessados fiquem atentos às datas.

"Estão abertas as inscrições para o Minuto Científico, concurso de vídeos de difusão científica latinoamericana e caribenha, organizado pelo Museu Exploratório de Ciências (MC), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A premiação acontece dia 30 de maio de 2011, durante a 12ª Reunião Bienal da Rede de Popularização da Ciência e Tecnologia na América Latina e no Caribe (RedPop), realizada no Brasil, em Campinas, interior de São Paulo, no período de 29 de maio a 2 de junho.

Com o tema Transformação, o concurso aceitará trabalhos nas categorias Jovem, para participantes com até 18 anos de idade, e Adulta. Os vídeos com duração entre 60 e 120 segundos, deverão ser inscritos em apenas uma, das três grandes áreas do conhecimento: ciências humanas e sociais, exatas e tecnológicas e biológicas. Para cada vídeo submetido, o participante deverá encaminhar um resumo de até 250 palavras, link da produção no Youtube, declaração de posse e cessão de direitos autorais e ficha técnica da obra.

As inscrições acontecem até 11 de março de 2011, na página da 12ª Bienal da Red Pop (http://www.mc.unicamp.br/redpop2011/) e custam 10 dólares americanos, ou o seu valor correspondente em reais. Os interessados podem inscrever quantos trabalhos desejar, sendo necessário efetuar o pagamento da taxa de inscrição para cada vídeo enviado.

Os trabalhos serão premiados nas categorias Jovem e Adulta, em cada uma das áreas de conhecimento. Para cada obra vencedora, será oferecido prêmio no valor de 500 dólares. Além disso, os vídeos premiados têm garantida a sua exibição nos portais: Revista Fapesp Online, 17ª Mostra Ver Ciências e Museu Exploratório de Ciências.

Sobre

O Minuto Científico tem como objetivo estimular, localizar e qualificar a produção espontânea, dispersa ou institucional no âmbito da divulgação e difusão científica, que pode ocorrer por iniciativas individuais ou institucionais diversas, tais como, escolas, universidades, museus de ciência e tecnologia, sites, ONGs, centros culturais, empresas de base científica e tecnológica, entre outros.

Organizado pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, associado à Red Pop, o concurso é promovido com apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil (MC&T) e do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)."

Boa sorte!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sobre derrotas e vitórias [diário]

Sexta-feira, 22 de outubro de 2010.

Antes de partirmos rumo a Campinas, onde faríamos a prova da etapa final da 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, recebemos um abraço e boa sorte dos alunos, dos professores e do mantenedor do nosso colégio. Em meio a tantas palavras carinhosas de meus alunos, não vou esquecer o que uma aluna do 6º ano me disse: “quando eu for maior, eu também vou para a final da Olimpíada, professor”. Nesse momento, começaram as nossas vitórias.

Partimos por volta das 14:30. Depois de, aproximadamente, uma hora e vinte minutos de viagem tranquila e sem nenhum contratempo, chegamos ao Hotel Opala, em Campinas.

Na recepção do hotel, os alunos que participaram dessa etapa da Olimpíada pela primeira vez, notaram a diversidade dos participantes desse evento. À nossa frente, equipes da Bahia, com sua professora orientadora, davam entrada no hotel. E uma coisa que já havíamos notado na edição passada, se confirmou. O povo do nordeste é muito simpático. Eles se apresentaram e se interessaram em saber de que lugar nós éramos.

Depois de acomodados e com as malas desfeitas, saímos para comer alguma coisa. Durante o tempo em que estivemos no shopping, fiquei muito contente em ver a amizade sincera que os amigos de sala demonstraram à nossa equipe. Ligaram mais de uma vez para desejar boa sorte e declarar o orgulho que sentiam em serem representados pela equipe. Que prêmio poder contar com amigos desse tipo!

De volta ao hotel, o P2 (Felippe) aproveitou para tirar algumas dúvidas sobre o texto que seria usado na prova do dia seguinte.

Sábado, 23 de outubro de 2010.

Acordamos cedo. Às 06:00 já estávamos de pé. Às 06:30 estávamos indo tomar o café da manhã. No restaurante do hotel, muitas equipes já ocupavam as mesas. Alunos de colégios militares, vestidos com suas fardas, destacavam-se em meio aos alunos civis; alunos e professores de dreadlocks formavam uma equipe com um visual particular; sotaques mudavam de mesa em mesa.

Chegamos à Unicamp antes das 08:00. Os alunos teriam que entrar nas salas, no máximo, às 08:30. Tive que ficar numa fila para a entrega de documentos, então, diferente do ano passado, que acompanhei os alunos até as salas, me despedi deles no térreo e desejei boa sorte. Terminada a parte burocrática, os professores orientadores foram para um auditório onde participariam de um ciclo de palestras.

Depois das excelentes palestras, os colegas professores colocaram suas experiências, dificuldades e histórias de superação para levar suas equipes dos cantos mais remotos do nosso país. Foi possível fazer um mapa do ensino de História no país, compartilhar experiências e dificuldades. No término, antes de irmos ao encontro dos alunos, o bate-papo informal com os professores foi outra experiência marcante que carrego desse momento.

Quando eu voltava para o local da prova, recebi um telefonema do Matheus Lima, ex-aluno do nosso colégio, medalhista dessa mesma olimpíada e atualmente aluno da Unicamp. Ele ficou de nos encontrar no campus.

Recebi os alunos e foi ótimo ver a alegria e a confiança que sentiam. Fizeram a prova com tranquilidade, e eu tinha a certeza de que eles tinham dado o seu melhor. Vê-los felizes depois de uma prova como aquela era a certeza de que, independente de medalhas, eles haviam aprendido muito, principalmente a agirem com a tranquilidade necessária em momentos como esse, ainda mais quando duas alunas da equipe, em breve, estarão passando pelo vestibular.

Encontramos o Lima em frente ao prédio da Biblioteca Central da Unicamp. Como é bom reencontrar amigos!

Ele nos levou para um breve passeio pela Unicamp. Passamos por uma rádio que transmitia a programação ao vivo de dentro de uma torre. A entrada da rádio tinha um grafite e a porta era a boca de um homem; lá de dentro da rádio, víamos um luminoso branco, em que estava escrito em letras vermelhas: NO AR. Em frente à radio, ao ar livre, havia um teatro de arena todo grafitado, em que se lia DESOBEDEÇA. O Lima nos contou que os alunos do curso de Filosofia estavam em luta contra a Unicamp para conseguirem realizar um evento que já era tradição do curso e que a universidade havia proibido.

Contornamos uma enorme fonte vazia e chegamos ao prédio da Física. O Lima nos mostrou as salas, diferentes das tradicionais salas retangulares, essas eram semicirculares. Em seguida, por indicação dele, fomos almoçar em um restaurante com uma decoração que lembra um pub. O curioso é que o teto do restaurante era uma ferrovia em miniatura, em que passava um trenzinho.











De volta à Unicamp, tiramos um cochilo embaixo do prédio da Biblioteca Central, onde, horas atrás, um grupo ensaiava uma coreografia com espadas de madeira. Às 14:30 fomos para o Ginásio, onde os 900 alunos finalistas tiveram uma atividade de dança para se conhecerem e interagirem. Em seguida, assistimos ao show da banda Lester Bangs, que contou a História do Rock começando com músicas da década de 1950 e encerrando com sucessos atuais do rock, como The Killers. Não sei as meninas, mas eu e o P2 achamos os caras muito bons.

Enquanto rolava o show, o Matheus participou de uma reunião do Movimento Zeitgeist, do qual ele é integrante. Terminados os eventos, fomos todos para o Mc Donald’s. Em seguida, deixamos o Lima na Unicamp. Foi muito bom reencontrá-lo.

Cansados, fomos direto para o Hotel. Eu e o P2 ainda assistimos As Branquelas, demos algumas risadas e conversamos bastante. O meu companheiro de quarto tem como qualidade o bom humor e o gosto por um bom papo. Foi muito legal dividir o quarto com ele.

Domingo, 24 de outubro de 2010.

Acordamos às 06:30 e creio que todos nós fomos tomados pela ansiedade. O momento de sabermos o resultado estava próximo. Deixamos o hotel já com as malas. Tomamos o café da manhã em uma padaria a caminho da Unicamp.

O ginásio, onde seria feita a entrega das medalhas, estava lotado. Uma média de 1200 pessoas preenchiam a arquibancada de frente para o palco onde estava composta a mesa das autoridades presentes. Entre elas, não podia deixar de destacar o professor Dr. Edgar de Decca, um dos maiores historiadores vivos de nossa história. Outra presença marcante foi a do professor Dr. Durval Muniz de Albuquerque Junior, presidente da Associação Nacional dos Profissionais de História e um grande humanista.

Depois das palavras carinhosas de cada integrante da mesa, começou a entrega das medalhas e torcemos todas as vezes que chamavam uma equipe do estado de São Paulo, na esperança de que a nossa fosse uma delas. Confiantes, estávamos com o grito contido, aguardando alguém, quem sabe, falar o nome do nosso município. Não aconteceu. A entrega acabou e o grito contido virou lágrima no rosto da Isabela e da Dani. O matemático responsável pelo sistema de pontuação da Olimpíada, carinhosamente se aproximou das duas, deu um abraço nelas e disse que tinham que chorar, porque isso era a prova de que tinha valido a pena e tinha sido marcante na vida delas. Uma professora de outra equipe também veio dividir esse momento com a gente, parabenizando cada um dos nossos alunos. Para mim, só restou dizer que isso é a vida. E que o sabor da vitória é apreciado na sua plenitude quando conhecemos o sabor, às vezes amargo, da derrota. Para a Isabela, eu disse que a alegria que ela sentiu ano passado, ao ganhar uma medalha de prata, esse ano foi concedida a um estudante de outro colégio... Voltamos para a casa não com a medalha que nossos alunos sonharam ganhar, mas com tantas outras conquistas.

Segunda-feira, 25 de outubro de 2010.

P2, Isabela e Dani,

Em um país, onde a educação sempre esteve em segundo plano, disciplinas como História foram marginalizadas, receberam cargas horárias ínfimas e tiveram o seu papel de ciência e o rigor metodológico reduzido, por ignorância, à “decoreba”. Os alunos, no passado, dificilmente eram tratados como agentes históricos e o que estudavam não passava de uma sucessão de fatos provocados por camadas muito bem definidas da nossa sociedade. Isso está acabando. E vocês fazem parte desse processo.

É um orgulho para mim, como professor, ver meus três alunos serem finalistas de uma Olimpíada onde participaram 43.000 pessoas; minha equipe se destacar em meio às mais de 17.000 que participaram; meus alunos que não participaram darem o apoio que muitos outros não receberam nem de seus familiares; o colégio em que vocês estudam acreditar na formação de um ser humano integral, pleno para ser um cidadão consciente; a disciplina que eu leciono, a História, ser passada para uma geração tão capaz de compreender para o que serve a História, e como ela pode ser transformadora; e, por último e mais importante, por ter visto vocês crescerem ao terem que conviver com a derrota e com as sucessivas vitórias.

Existem vitórias que são derrotas. Imaginem vencer sem ter a total convicção de que o melhor foi feito; imaginem vencer depois de fazer uma prova que pareceu ser um tormento; imaginem vencer e saber que talvez não tenham com quem compartilhar a vitória! Agora, existem derrotas que são vitórias. Vejam as lembranças que carregaram para sempre dessa experiência. Lembrem-se dos telefonemas dos amigos e familiares, provando para vocês que estarão de braços abertos para receberem vocês na volta. São muitos os motivos que eu poderia numerar aqui, mas vocês sabem do que eu estou falando.

Eu só tenho que dizer que foi uma experiência incrível eu ter vivido esse momento ao lado de vocês. PARABÉNS!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Por que pior que tá não fica?

Visitei o blog do meu amigo – uns tragos e uns pensamentos – e achei muito boa a resposta que ele deu para o “pior que tá não fica”, da propaganda eleitoral. Ele postou a música “Burrice”, do álbum Defeito de Fabricação, do Tom Zé:



Pra completar, cabe a música “Politicar”, do mesmo álbum:

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aqui é tudo azul... maravilhoso!

Chegamos a pensar que o Tiririca era o grande protagonista do show de horrores promovido por alguns candidatos nessas eleições. Acreditamos que a quantidade assombrosa de votos que ele recebeu afirmava a nossa incapacidade de escolher um candidato capaz de atender nossos interesses e necessidades. Mas as coisas são ainda piores quando o candidato não está representando, nem assumindo um papel circense. Aqui [no Brasil] é assim: tudo azul... maravilhoso!



A candidata ao governo do DF, Weslian Roriz, do PSC, foi para o segundo turno com 440.128 votos. 31,50% dos habitantes do DF votaram nela. Tsc, tsc, tsc.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nova página do blog

Criei a página "Por..." no blog para ser um espaço destinado aos alunos. Acho importante abrir um espaço para vocês escreverem.

Eu sei que muitos de vocês produzem textos quase que diariamente, mas eu não tenho como preprará-los e postá-los com essa regularidade. Por isso, de vez em quando, quando algum de vocês tiver algo a mais para dizer, ou algo que não coube no horário de aula, eu vou convidá-lo a escrever aqui. Claro que se você tiver vivido uma experiência que queira dividir, me avise.

Para começar, postei o relato de viagem da Júlia Audujas, do 1º ano do EM, que, nessas férias de julho, esteve em Cuba. Além do texto leve e minucioso, as fotos que ela tirou são fantásticas. Na sessão "Por... (2)", um texto do Victor Vinícius, do 2º ano do EM, sobre a sua experiência como eleitor.

Eu incluí abaixo do texto de cada um deles um espaço para comentários. Portanto, aqueles que quiserem comentar os textos, podem fazer isso direto na página.

Um abraço e boa leitura.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

Mais uma vez fui tomado por um orgulho quase paterno ao observar o desempenho e empenho de meus alunos nessa 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. Antes de qualquer coisa, saibam que me sinto privilegiado por ter diante de mim, todas as manhãs, jovens com o potencial criativo de vocês. Saibam que, antes de professor, sou aluno ao observar as ações de vocês firmadas no bem.

Das três equipes participantes, apenas uma vai para a final na Unicamp, mas saibam, com toda a certeza, que todos vocês são campeões! Notas, pontos, títulos e popularidade são recompensas ínfimas, se comparadas com atitudes virtuosas. Agora é hora de torcermos para a Isabela, a Daniela e o P2 (Felippe). São eles que vão levar esse espírito bom, que paira sobre nosso colégio, até Campinas. Boa sorte!

Queria aproveitar para agradecer todos que ajudaram direta ou indiretamente nossos alunos nessa jornada, mas em especial à Fabiola, que ofereceu um sorriso para nossas equipes após cada etapa. Também não podia deixar de agradecer à tia Francisca pelas cópias e pela energia que me transmitia todas as vezes que eu a procurei para xerocar as questões das novas etapas. Muito obrigado.

Abaixo, segue um texto escrito pela aluna Ana Eliza. Ela não passou para a fase presencial da Olimpíada, mas, como vocês vão ler, tirou um enorme proveito dessa experiência.

Reflexões de uma vida
por Ana Eliza

“A vida é feita de altos e baixos, erros e acertos, vitórias e derrotas”, disse alguém sábio em algum momento da história. Realmente, desde nosso primeiro momento percebemos que não é só de rosas e alegrias que há de se viver a vida. Seu lado obscuro e maléfico espreita em cada beco escuro, em cada esquina, e uma hora ou outra é com ele que nos depararemos.

O que fazer então? O que fazer quando depois de tanto “suor e lágrimas” a vida nos retribuir com pontapés e decepções? O mínimo a fazer é olhar em frente, com a cabeça erguida tendo em mente que será melhor em uma próxima vez.

Mas se a vida é feita de vitórias e derrotas o que fazer quando tudo o que recebemos são os desapontos? Para que serve o erro, a não ser para nos fazer enfraquecer e desistir? Para que acertar tanto, se no final erraremos de novo? Não sei a resposta dessa pergunta, tão pouco conheço alguém que saiba.

Quer uma sugestão? Não desista. Lutamos tanto para chegar até aqui, para que desistir? Para que enfraquecer? Por que levar a vida a esmo, se temos a chance de ganhar, se temos o privilégio de escolher? É disso que precisamos. De pessoas que pensem, que escolham, que sintam. De pessoas que possam construir um mundo melhor.

Um mundo melhor onde erros e acertos serão instrumentos e combustíveis para a vitória. Onde os erros nos farão refletir e nos darão forças para vencer, para acertar, para colher os frutos de nossas escolhas.
Então, por mais que a vida te derrube, por mais que façam com que pense que não há mais nenhuma chance, pare e pense. Sempre haverá uma chance para quem se compromete.

Viva sua vida. Brinque, estude, ria, chore, mude, se machuque. Ajude o outro, seja egoísta uma vez ou outra. Abrace seu irmão. Abrace seu amigo. Agradeça seu professor. Ame, ame, ame. Ame com todas as forças todos os dias. Diga “eu te amo”. Diga “obrigada”. Faça da vida seu parque de diversões, sem esquecer as responsabilidades. Escreva, se expresse, leia, conheça. O conhecimento acima de tudo é o que levaremos sempre conosco. Acerte sempre. E erre muitas, muitas vezes. E, no final, recolha por si mesmo os louros da vitória.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma noite em 67

Dia 30/07, sexta-feira, estreia Uma noite em 67. O título do documentário refere-se à noite de 21 de outubro de 1967, quando, no teatro Paramount, em São Paulo, ocorreu a final do III Festival de Música Popular da TV Record.

Era a época dos festivais, momento da nossa história em que a juventude buscava encontrar na música, algo mais do que ela transmitira em outras épocas. A música passou a ter o papel de romper o silêncio imposto pela ditadura, dando voz a uma geração que teve de se calar – mas que optou pelo contrário, quando era possível fazê-lo.

Assim que vi o trailer, fiquei com saudade de uma época que não vivi.



Essa noite de 67 é tão importante para compreendermos as transformações provocadas na música brasileira, que, para os interessados no assunto, o documentário acaba se tornando um dos melhores filmes para essa última semana de férias. Quem sabe, se um dia retomarmos aquele projeto de história da música brasileira, não vamos assisti-lo juntos?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Notícias sobre a Olimpíada

Ontem eu postei sobre a participação do nosso colégio na 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. Mas, como hoje recebi um e-mail do Museu Exploratório de Ciências com um link para uma videoconferência, gravada no dia 1º de julho, com a historiadora Cristina Meneguello, coordenadora da Olimpíada, voltei ao assunto para postar o link.

O vídeo tem quase uma hora de duração e explica quais são os objetivos e a metodologia da Olimpíada. É importante que os alunos participantes o assistam, principalmente aqueles que não participaram da edição passada, já que nele a coordenadora comenta os critérios de avaliação e o formato das questões, incluindo o que se espera extrair delas. Os demais alunos podem conhecer melhor a Olimpíada e, assim, fazerem uso do site, pois nele está disponibilizado o acervo de documentos históricos usados na 1ª Olimpíada.

A videoconferência está disponível no site Rede do Saber, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

Pois é, pessoal, nem parece, mas já se passaram quase um ano do início da 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. Agora, já estamos nos preparando para a 2ª edição, que começa no dia 19 de agosto. O formato da Olimpíada não sofreu nenhuma mudança. Continuam as seis etapas, sendo as cinco primeiras online e a 6ª, e última, presencial.

Nesse ano, nosso colégio vai participar com três equipes, ou seja, 9 alunos. Cada equipe é formada por três alunos mais o professor coordenador. Além de uma equipe a mais do que no ano passado, nesse ano, o 8º ano será representado por uma aluna. Lembrando que a Olimpíada é aberta para alunos do 8º ano ao 3º do Ensino Médio.

As equipes de 2010 são:

Equipe Abaporu
Monica (3ª série EM)
Gabriela Parra (1ª série EM)
Suemy (8º ano)

Equipe Anauê
Ana Eliza (9º ano)
Carol Maciel (1ª série EM)
Beatriz Bonafé (2ª série EM)

Equipe Raízes do Brasil
Isabela (3ª série EM)
Daniela (3ª série EM)
Felippe (1ª série EM)

Para mais informações sobre a Olimpíada, acessem o site: http://www.mc.unicamp.br/2-olimpiada/inicio/index

Boa sorte para as nossas equipes!

sábado, 17 de julho de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (8) - último post

Cheguei a pensar que, por causa das férias, vocês deixariam de lado a leitura conjunta do diário. Depois de não ter visto movimentação, nem comentários no blog desde o último post, estava quase convencido disso. Até que, para minha surpresa, surge o Doppel me lembrando que eu devia ter postado no último domingo. Que ótimo! Isso significa que terminamos de ler O Diário de Anne Frank!

Fiquei muito contente em ter vivido esta experiência com vocês e reafirmado para mim mesmo que um livro pode ser lido de muitas maneiras e trazer experiências diversas, sendo todas elas muito significativas. Antes de dividir com vocês minhas impressões sobre as últimas páginas do livro, gostaria de pedir para que todos os que acompanharam o grupo nesses quase três meses, colocassem suas opiniões, apontassem os aspectos positivos e negativos desse tipo de leitura e sugerissem novos títulos para, quem sabe, organizarmos outra atividade como essa, dando força a um grupo de leitura que poderia surgir e tomar força em nosso colégio. Acho que só temos a ganhar com isso. Não só como alunos, mas como cidadãos e pessoas preocupadas em atuar no mundo de maneira consciente. Esse tipo de atividade é, muitas vezes, capaz de ultrapassar o conhecimento que obtemos na sala de aula.

Sobre o livro, não precisamos falar sobre todas as coisas tristes que envolvem o seu desfecho, já que isso é um sentimento que todos do grupo compartilham, não é? É realmente duro tomar conhecimento do fim trágico das pessoas que estavam no Anexo, sabendo que, dentro de pouquíssimos dias, todos estariam sãos e salvos para, aos poucos, reorganizarem suas vidas e darem direção aos seus sonhos e objetivos.

Em minha opinião, o que o diário da Anne Frank tem de grandioso é o fato de ele conseguir mostrar para nós como a História não é um emaranhado de acontecimentos registrados em livros didáticos, distanciando o aspecto humano dos acontecimentos históricos. Livros como O Diário de Anne Frank, Hiroshima, As boas mulheres da China, e tantos outros, nos apresentam o verdadeiro agente da história: homens, mulheres, crianças, ou seja, nós. Imagine que cada vítima do Holocausto tinha uma história pessoal complexa, ligada à vida de muitas outras pessoas, regada a amores, amizades, inimizades, sonhos e frustrações – assim como cada um de nós. O livro que lemos juntos humaniza a História. E humanizar a História significa tomarmos consciência do nosso papel no mundo, afinal, você não faz só parte das estatísticas que preenchem livros escolares, não é verdade? Você tem uma história escrita e registrada na sua memória e na das pessoas ao seu redor. Por isso, é importante que você a escreva da melhor maneira possível!

Aguardo a impressão de vocês sobre o livro e a leitura em conjunto.

Boas férias a todos.

Um grande abraço,
Professor Carlos

domingo, 27 de junho de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (7)

Olá, pessoal!

Depois de duas semanas de atraso, voltei a postar. O fim do semestre veio acompanhado de correção de provas, fechamento de médias, etc., e isso me forçou a adiar o post previsto para o dia 13 de junho. Mas, vamos lá!

Nas últimas páginas, Anne começou a escrever em seu diário aquilo que esperava colocar em prática num futuro próximo. Essa onda de otimismo pode ter sido provocada pelo avanço dos países aliados, somado ao desfecho dela com Peter, o que pôs fim às dúvidas que surgiram após cada conversa que tiveram no sótão. E, dentre as muitas coisas que ela escreveu sobre a sua vida fora do Anexo, uma delas surgiu como decisão tomada: Anne queria escrever. Para isso pensou em seguir carreira de jornalista e escritora, organizar o diário e escrever a história do Anexo, continuar criando seus contos [que, como escrevi em um post anterior, foram publicados] e estudando ininterruptamente. É impressionante a força que ela colocou nessa atividade e, em minha opinião, foi isso que fez dela uma grande escritora. Um outro diário, de uma outra jovem qualquer, talvez não fosse um relato convincente a ponto de se tornar o que o diário de Anne Frank se tornou. Vocês também pensam isso ou será que outro diário, de outra pessoa que tenha vivido o mesmo período, poderia ter tomado tais proporções?

Achei muito legal Anne ter feito uma lista das coisas que ela mais gostava de fazer e estudar. Acho que esse tipo de “top 5" é muito bom para nós nos conhecermos e chegarmos a conclusões importantes como carreira profissional, posicionamento político. Talvez a falta de reflexões desse tipo nos faça pessoas sem um ponto de vista ou uma opinião formada. Questionamentos como o de Anne sobre qual o sentido da guerra é o que move o nosso pensamento para chegarmos a soluções criativas e lidarmos com situações extremas. Bem, que tal você, na sua casa, tentar escrever quais são as cinco coisas que mais gosta de fazer? Eu, enquanto perguntava isso a você, já procurava as minhas respostas.

Só nos resta terminar de ler as últimas páginas. No domingo que vem, encerramos o Diário dos Leitores de Anne Frank.

Tenham uma ótima semana!

P.S.: Durante a semana, pretendo postar notícias sobre a 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil e revelar quais são as equipes que vão representar nosso colégio.

domingo, 6 de junho de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (6)

Ficou claro, depois de ler as páginas da semana passada, que Anne está escrevendo muito mais que o de costume, como no mês de março de 1944. E há um motivo especial para isso: a redescoberta do amor ou seria a descoberta, já que os amores de escola, aos doze anos, serviram mais para inflar seu ego?

Essas últimas páginas são comoventes se pensarmos que o amor que ela sente não se restringe a Peter, mas a todas as coisas que a cercam. É como se ela tivesse encontrado no estreitamento de laços com o novo amigo um significado para uma vida cheia de restrições. E esse novo significado a transformou de tal maneira, que ela chegou a dizer: “Acho que a primavera está dentro de mim”.

Na minha opinião, essa é a frase mais bonita do diário e reflete a gratidão que Anne sente por estar viva e poder vislumbrar Deus ao olhar o azul do céu, como ela fez ao se deitar no sótão, ao lado de Peter, e, em silêncio, viu aquilo de bom que existe no mundo lá fora, do qual ela não podia desfrutar.

Hoje você olhou pela janela do seu quarto e encontrou o mesmo que Anne? Pense que você tem mais motivos para ser grato do que ela.

Para essa semana vamos ler até 16 de maio de 1944 (já estamos acabando!), ok?

Aproveitem o céu azul de Itapecerica da Serra para recarregarem as energias.

Bom domingo a todos.

domingo, 30 de maio de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (5)

Ufa! Tardou, mas não falhou! Até meia-noite é domingo, não é mesmo?

Nessa última semana, achei que a Anne Frank estava escrevendo melhor. Vocês também tiveram essa impressão? Acho que a dedicação dela aos estudos e a paixão que demonstrava sentir pelos livros começaram a fazer toda a diferença na hora de escrever para Kitty. Concordo com o que a Julia Audujas, da 1ª série, disse sobre o talento de Anne como escritora. Talves, se o destino tivesse sido mais paciente e ela tivesse conseguido sobreviver até o término da guerra, hoje ela teria vários livros publicados. Por falar nisso, vocês sabem que existe outro livro escrito por ela e publicado aqui no Brasil? Pois é, eu também me surpreendi quando minha esposa chegou aqui em casa com ele na mão. O título é Contos do esconderijo. Eu ainda não o li, mas me parece que são as histórias que Anne criava no Anexo, como ela relatou no dia 7 de Agosto de 1943: “Há algumas semanas comecei a escrever uma história, uma coisa que imaginei do princípio ao fim, e gostei tanto que os produtos de minha pena começaram a formar pilhas.”. Esse “formar pilhas” confirma o interesse dela pelo ofício de escritora. Vocês também gostam de escrever histórias? Eu gosto. Um dia poderíamos trocar nossas histórias, que tal? Acho que seria interessante.

O humor de Anne variou muito nas páginas dessa semana. Acho que, além da situação em que ela se encontra, os hormônios têm uma parcela de culpa nisso. Anne está começando a dividir com Kitty (ou seja, comigo e com vocês) as descobertas e transformações do seu corpo, o que está carregado de novos interesses e novas curiosidades. Ela também está mais madura, começando a deixar de lado um pouco daquela menininha mimada de 1942. Exemplo disso é quando ela decide rever o seu comportamento com a Sra. van Daan e assume ter sido a causadora de muitas das discussões que teve com ela.

O Dr. Dussel – que na foto da minha edição, parecia ser um senhor tão educado e simpático – parece ser um chato. Ou será que Anne transferiu para ele o que sentia pela Sra. van Daan? Bem, mas que ele errou feio quando disse que Hitler desapareceria da História, errou! Ainda mais Hitler... Falem a verdade: não é nessa aula de História que vocês mais enchem o professor de perguntas?

Mas a pergunta que não quer calar é: “Será que Anne vai ficar com Peter?”.

Para essa semana, vamos ler até 31 de março de 1944.

Um ótimo fim de domingo a todos!

domingo, 23 de maio de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (4)

A covardia dos governos totalitários é, em minha opinião, a pior forma de terrorismo que a história já conheceu.

Quando exércitos se enfrentam, por mais estúpidas que sejam as afirmações usadas para justificar tamanha barbárie, me parece que conseguimos tolerar um pouco mais as notícias transmitidas das regiões de conflito ou os registros históricos. Mas quando tomamos conhecimento de atos de covardia, como os descritos por Anne Frank em seu diário, a tristeza parece dar lugar a um sentimento de impunidade e indignação.

Nessa semana, me coloquei algumas vezes, durante a leitura das últimas páginas, no lugar dos refugiados do Anexo Secreto. Foi difícil se imaginar judeu e ver pela cortina de um esconderijo as mesmas coisas que Anne viu acontecer com outros que seguiam sua religião. Isso sem contar as bombas, a convivência, o confinamento e os ladrões.

Também me sensibilizei com os cristãos holandeses, que eram forçados a abandonar seus sonhos para ter de ingressar no exército nazista e doar sua juventude para os interesses do führer.

E vocês, tiveram impressões semelhantes à minha? O que acharam das últimas páginas?

Para essa semana, vamos ler até fevereiro de 1944, ok?

Aproveitem o tempo frio e a garoa que cai em Itapecerica da Serra para ler ou assistir a um bom filme.

Um bom domingo a todos.

P.S. Vitor, quando você disse Big Brother, pensei imediatamente no “Grande Irmão” do livro 1984, de George Orwell. Se você não leu este livro, tenho certeza de que vai gostar.
Marcial, obrigado pela indicação dos sites.

domingo, 16 de maio de 2010

O diário dos leitores de Anne Frank (3)

Foi difícil parar a leitura no mês de setembro de 1942, ainda mais depois de ler as primeiras linhas do primeiro parágrafo do dia 1º de outubro: “Ontem tive um medo terrível. Às oito horas a campainha da porta tocou de repente.” Mas consegui fechar o livro. Se tivesse seguido a leitura, acho que já estaria em 1943.

Alguns alunos que conversaram comigo durante a semana disseram o mesmo. Outros, de tão envolvidos com a história, não conseguiram controlar a vontade e seguiram adiante. Acho que o motivo disso é a transferência da família Frank para o “Anexo Secreto”. É como se agora, a menina, tão parecida com outras de sua idade, tivesse se tornado a Anne Frank que conhecemos nos relatos de leitores de seu diário: uma refugiada, alguém que teve de conter os mimos e colocar as vontades infantis de lado para lutar pela sobrevivência até o fim da guerra.

Lendo esses primeiros dias de Anne no “Anexo”, fui surpreendido pelas instalações que abrigaram as duas famílias – os Frank e os Daan. Imaginava o sótão como o porão que abrigava o judeu de A menina que roubava livros. Um lugar escuro, úmido, malcheiroso e com uma mobília que, de tão improvisada, não poderia ser chamada dessa maneira. Mas não, como já fazia parte do plano do Sr. Otto Frank a transferência de sua família, as coisas já estavam um pouco mais ajeitadas, o que não deixa de ser um lugar aterrorizante quando você está se escondendo. Será que algum lugar pode ser agradável quando estamos nos escondendo?

O Anexo me interessou. A minha edição traz uma planta dos três pavimentos da casa da rua Prinsengracht, 263 (caso alguém esteja lendo uma versão sem a planta, nos avise, podemos escaneá-la e colocá-la no blog). Como sempre gostei de ler e conferir a localização das personagens em mapas, usei bastante a planta da minha edição para tentar reconstruir na imaginação aquilo que Anne descreveu. Mas foi depois de visitar um site indicado por um dos leitores do nosso grupo que fui capaz de ver, literalmente, o lugar onde Anne ficou com a sua família e com os Daan. O site é o annefrank.org e acredito que seja o oficial. Lá eu encontrei um link onde é possível fazer uma visita na casa da rua Prinsengracht, visitar seus três pavimentos e, claro, o Anexo Secreto. Essa visita 3D me emocionou. Acho que vocês também vão se emocionar. Como disse a Lavínia nos comentários, essa história é triste, e eu pude sentir essa tristeza ao “visitar” o Anexo. Cliquem aqui para irem à área do site onde está a estante que esconde a porta do Anexo. O site é “pesado”, portanto, paciência se a sua conexão não estiver colaborando.

Bem, acho que para essa semana podemos acelerar um pouco a leitura, já que muitos que estavam procurando o livro já o conseguiram; outros já conseguiram acompanhar o grupo e, alguns dos que estão com o livro desde o início, já estão lá na frente, porque não conseguiram parar de ler. Por isso, vamos ler até julho de 1943, combinado?

Espero o comentário de vocês, principalmente depois da visita ao Anexo.

Um bom domingo a todos.

P.S. Ôba! Acho que vou ganhar cookies...

domingo, 9 de maio de 2010

O Diário dos Leitores de Anne Frank (2)

Anne Frank devia sentir uma ansiedade tremenda quando, por algum motivo, ficava dias sem escrever em seu diário (ou devemos dizer “escrever para Kitty”?). Eu, depois de ler as páginas combinadas, fiquei ansioso para escrever nesse nosso diário. Acho que isso faz parte dos mistérios que envolvem os diários, a magia por trás do hábito de registrar os acontecimentos relevantes, ou não, dos dias que compõem nossas vidas.

Eu nunca tive um diário. Na infância, pensava que era algo reservado às meninas. Com o passar do tempo, descobri que não. Muitos homens mantêm diários, e eles podem ser de muitos tipos: de relatos de viajantes a cadernos de ideias. E você, tem ou já teve um diário? Eu não espero que você conte para nós aquilo que escreve nele, mas a experiência de escrevê-lo pode ser dividida com o grupo, caso você queira, é claro.

Quando os blogs começaram a se popularizar, os jornais os definiam como diários on-line. Mas depois que eles passaram a ter suas próprias características, deixaram de fazer tal comparação. Por que será que a maioria das pessoas que possui blogs não escreve neles como se escrevesse em diários, confidenciando particularidades de suas vidas? Será que o prazer de se escrever em um diário é usá-lo para aquilo que Anne registrou em 12 de junho de 1942 (“espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda.”)? Talvez seja. Escrever um diário pode ser colocar em prática o “conhece-te a ti mesmo” do Sócrates, ou simplesmente uma válvula de escape para tudo aquilo que nos angustia, ou, quem sabe, os diários são objetos para serem descobertos na posteridade. Uma espécie de segredo do presente que só poderá ser revelado no futuro, como uma cápsula do tempo. O que vocês acham? Gostaria de saber a opinião de vocês sobre isso.

Penso que no caso de Anne Frank, serviu para todas essas coisas. Ela passou a escrever num momento de angústia, não só pela condição imposta pelos alemães a partir de 1933, ano em que Hitler assume o poder na Alemanha, mas por sentir a falta de uma amizade verdadeira – ausência essa, que vai fazer com que ela passe a tratar o diário como Kitty, a amiga que desejava ter na realidade. O seu diário também é uma cápsula do tempo, capaz de nos colocar em contato com outro tempo histórico. Vocês também tiveram essa impressão? Eu senti isso quando ela descreve as proibições impostas aos judeus. Imaginem, não poder frequentar o próprio jardim de casa durante a noite, ou ser impedido de dirigir seu próprio automóvel!

Outra coisa que chamou a minha atenção foi a preocupação de Anne com os parentes que continuavam na Alemanha e os pogroms de 1938, que motivaram a fuga dos tios e, posteriormente, da avó. Entender os pogroms é importante para compreender o antissemitismo. Você já ouviu falar deles? Caso não tenha ouvido ou lido algo a respeito, podemos conversar no decorrer da semana, assim não esticamos demais esse post, tudo bem?

Como essa semana está mais tranquila, que tal lermos mais algumas páginas? Eu imagino que todos estejam curiosos para saber como Anne vai para o “Anexo Secreto”, por isso, vamos ler julho, agosto e setembro de 1942?

Espero que a leitura esteja sendo tão agradável para vocês como tem sido para mim.

Um ótimo domingo para todos. Não esqueçam de agradecer as mães pelo livro. Por TODO o restante, eu sei que vocês não vão esquecer.

P.S. Adorei quando Anne Frank escreveu que levou biscoitos para os professores. Se tiver alguém no grupo com o mesmo talento culinário da jovem Anne, será um prazer experimentar os cookies.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Diário dos Leitores de Anne Frank (1)

Na capa do meu O Diário de Anne Frank está escrito EDIÇÃO DEFINITIVA. Eu, geralmente, desconfio de livros que se dizem definitivos ou capazes de cobrir toda a história de um determinado assunto. Com um professor da faculdade, aprendi que o historiador não é capaz de esgotar um tema e, no caso dos organizadores dessa edição do livro que comprei, imagino o mesmo. Quem garante que um novo dado sobre a jovem Anne não possa surgir no futuro? Foi lendo o prefácio que entendi melhor o que eles queriam dizer com EDIÇÃO DEFINITIVA.

Anne Frank começou a escrever seu diário em 1942. Em 1944, ouviu no rádio, ou alguém lhe contou – acho que vou esclarecer essa dúvida durante a leitura –, que o governo holandês, quando acabasse a guerra, iria reunir as correspondências e os diários de sobreviventes que foram vítimas da situação imposta pelos nazistas. Por isso, Anne, animada com a ideia, começa a organizar e reescrever trechos do diário – são despertadas pretensões literárias nela. Isso fez com que surgisse uma segunda versão do mesmo diário.

Com o término da guerra, e a certeza do destino de Anne, seu pai, que sobreviveu – já estou me perguntando em que momento eles se separaram (essa é outra dúvida que vou conseguir responder com a leitura) –, organiza uma terceira versão do diário, reunindo partes dos dois primeiros e excluindo trechos que considerou impróprios para a época, como os que tratam de sexualidade. Com a sua morte na década de 1980, o diário foi revisto e relançado na íntegra, com 30% de conteúdo adicional. E é esta versão organizada pela escritora Mirjam Pressler, que a editora Record, aqui do Brasil, passou a chamar de DEFINITIVA, por conter esses textos adicionais.

Você leu o prefácio da sua edição? Caso tenha conseguido um exemplar mais antigo, anterior à morte do pai de Anne, pode ser que você esteja lendo a compilação feita por ele. Se for o caso, avise o grupo, pois, assim, poderemos compartilhar as informações acrescentadas nessa edição mais recente, ok?

Agora, vamos falar um pouquinho sobre o grupo. Vocês viram o título do post? Acho que “O Diário dos Leitores de Anne Frank” é uma boa maneira de intitular os posts do nosso grupo, afinal, vamos registrar com certa frequência nossas impressões sobre o livro, não é mesmo?

Como vocês estão em semana de provas, para essa semana pensei em lermos o que Anne escreveu no mês de junho, no ano de 1942. Na minha edição, se não me engano, são apenas 11 páginas. Mais importante do que a quantidade de páginas lidas, é a qualidade da leitura, que, sendo feita com folga, é prazerosa, respeita o tempo de leitura de todos e nos proporciona a reflexão necessária para extrairmos o que o livro pode nos oferecer de melhor.

Então, no domingo, dividimos nossas impressões, colocamos nossas dúvidas e marcamos o próximo encontro e as páginas a serem lidas.

Um abraço e boa semana a todos.

domingo, 2 de maio de 2010

Diário de um leitor

Procurar livros é um ótimo pretexto para sair, passear, aproveitar um dia de sol como o de ontem. Por isso, na sexta-feira à noite, fiz uma busca no site Estante Virtual, para conferir se um sebo que gosto de frequentar, em SP, tinha O Diário de Anne Frank. Não tinha. Mas descobri um livro chamado Anne Frank: o outro lado do diário, que conta a história da mulher que ajudou a esconder a família Frank. Bem, não foi perdida a visita ao site.

No sábado, passei com minha esposa pelo shopping Eldorado e encontrei duas edições do livro na Saraiva. Mas como na Av. Pedroso de Moraes há muitos sebos e íamos almoçar por lá, imaginei que encontraria uma boa edição com bom preço em um deles. Sem saber, havia começado a minha epopeia atrás da Anne Frank.

O diário de um leitor de Anne Frank

Sábado, 1º de maio de 2010.

15:11 – Estacionamos o carro em um supermercado na Vila Madalena e fomos caminhando até a Fnac, na Av. Pedroso de Moraes.

15:52 – Sebo Dom Quixote. A menina que trabalha no sebo não sabe se tem o livro. Depois de alguns minutos desistimos de encontrá-lo em meio a tantos livros. (Antes de ir embora, vi a coleção completa do Asterix, encadernada. Deu vontade de comprar...) A menina nos diz para irmos ao “toldo amarelo”, outra loja do Dom Quixote.

16:03 – Dom Quixote (2).
“Tem O Diário de Anne Frank?”
“Acho que está na Vitrine.”
“Não, não está.”
“Só um minuto que eu já vejo para o senhor.”
Enquanto isso, eu encontro em uma das estantes o livro Anarquistas, graças a Deus, da Zélia Gattai, a esposa (já falecida) do Jorge Amado. Puxa, eu vivia atrás desse livro! Por R$ 18,00 não tem como não comprá-lo. Minha esposa encontra uma biografia do Shakespeare. E o tempo passa e nada da Anne Frank chegar...
“Olha, vi até na outra loja. Não temos mais.”
Compramos os dois outros livros e atravessamos a rua, caminhando em direção a outro sebo.

16:19 – “Você tem O Diário de Anne Frank?” Uma consulta no computador e: “Não.”

FOME, FOME, FOME...

16:46 – Na Fnac, a vendedora nos diz que tem um livro constando no estoque, mas, mesmo depois de conferir nas muitas prateleiras da loja, não o encontrou.

17:15 – “Vamos almoçar e passamos na Livraria da Vila. Lá vai ter com certeza.”

18:20 – Fechada. “Ah, não... Hoje é feriado, Dia do Trabalho...”
“Na volta para casa passamos no Shopping Butantã, é caminho.”

19:17 – Na Nobel: “Está em falta.”
Nessa hora eu comecei a acreditar que muitos leitores do Sétima Aula tinham comprado os exemplares do Diário de Anne Frank. Fomos ver no Carrefour e nada; nas Americanas, muito menos. “Aqui perto tem uma Laselva.” “Vamos lá.”

19:32 – Laselva: “Não consta no sistema...” Só me restava a livraria Saraiva do Shopping Jardim Sul.

20:09 – Na primeira gôndola, de frente para a porta de entrada da livraria, lá estava na capa a pequena Anne com suas grossas sobrancelhas, olhos fundos e um sorriso, como quem diz: “Te preguei uma peça”.


Nunca imaginei que seria tão difícil encontrar nos sebos de São Paulo O Diário de Anne Frank. Mas, por causa disso, tive a certeza de que o livro continua sendo lido por muitos.
E você, como conseguiu o livro? Foi mais difícil ou mais fácil? Pegou emprestado com alguém? Percorreu longas ou pequenas distâncias para consegui-lo? Estou curioso para saber.

Hoje, pretendo ler o Prefácio da edição que comprei. Que tal você fazer o mesmo e amanhã definirmos um plano de leitura?

Espero por você aqui amanhã.

Bom domingo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vamos ler juntos?

Vamos ler juntos O Diário de Anne Frank?

Se você estiver disposto(a) a fazer essa leitura conjunta com os alunos do 9º ano, será preciso providenciar o livro.

Como são muitas as edições, você pode encontrá-lo em vários formatos, preços, com prefácios recheados de informações e outros apenas com o texto da autora. Também é possível que você encontre edições repletas de fotos, e outras sem nenhuma, nem na capa. Por ser um livro muito conhecido e lido, antes de comprá-lo, pergunte aos seus familiares e amigos se eles o possuem e se podem emprestá-lo. Eu pretendo fazer o mesmo. Caso eu não consiga pegá-lo emprestado, vou comprá-lo em uma livraria, ou em um sebo (inclusive a opção virtual deles), ou em uma banca etc.

No domingo, vou postar e dividir com vocês de que maneira o livro chegou às minhas mãos. Acho que vocês poderiam fazer o mesmo, contando para mim e para os outros como conseguiu o livro. Para isso, deixe um comentário no post de domingo. Antes de estipularmos capítulos e datas para a leitura, podemos dividir a experiência da aquisição do livro. Depois que fizermos isso, voltamos a conversar. Combinado?

Até domingo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

História das HQs

O blog do 8 postou dois vídeos que acabei de assistir e os achei muito bons. O primeiro explica a importância das histórias em quadrinhos para a formação do leitor, comparando-as com a literatura. Já o segundo, é a primeira parte de um documentário do Canal Brasil, que conta a história das histórias em quadrinhos. Muito legal. Assistam, vocês vão gostar!

domingo, 25 de abril de 2010

Letra A - ANIMA

Bem, pra inaugurar a discoteca do sétima aula, escolhi um grupo que encontrei em uma andança pela internet, anos atrás. Acho que esse grupo, o ANIMA – musica mundana humana et instrumentalis, tem tudo a ver com esse espaço. Eles misturam pesquisa histórica e música, buscando retratar a música da Idade Média, da Renascença e das comunidades não letradas de áreas rurais do Brasil. Dessa forma, conseguem registrar as tradições musicais que por muito tempo são passadas de geração em geração pela oralidade, ou seja, sem registros escritos ou capturados por qualquer tipo de gravação.

Podemos defini-los como historiadores da música. Não são os primeiros a fazer isso e esperamos que não sejam os últimos. O modernista Mario de Andrade, isso mesmo, aquele da Semana de Arte Moderna, de 1922, realizou trabalho semelhante. Mas ele focou sua pesquisa na música regional brasileira, registrando através de partituras e gravações de rolo muitas cantigas e batuques que, até então, eram desconhecidos do público geral.

Dos cinco discos lançados pelo grupo, tenho apenas três. E foi desses álbuns que eu tirei as duas músicas que escolhi para postar aqui. A primeira, Deodora, é instrumental. Remete o ouvinte à Idade Media e ao Renascimento. Mas, no decorrer da música, é possível identificar as raízes que também compõem a nossa música. Vale lembrar que a corte, quando atracou por aqui, trouxe a música europeia, e, antes disso, mouros, judeus, flamengos, espanhóis, os próprios portugueses e outra infinidade de pessoas vindas de várias partes do mundo já haviam passado por aqui e, possivelmente, assobiado alguma coisa ou tocado suas flautas e seus instrumentos.

A segunda música, Santidade – Mundano, resgata as cantigas brasileiras criadas a partir do cotidiano do povo e da religião, presentes no imaginário coletivo.

E, para terminar, incluí um vídeo em que o grupo comenta um de seus espetáculos e dá uma aula sobre os instrumentos medievais que tocam.

Acessem o site do ANIMA.

Espero que gostem.





sábado, 24 de abril de 2010

Utopia e Barbárie

Com a queda do Muro de Berlim, não foram poucos os que defenderam o fim da História. Muitos disseram que o capitalismo, o neoliberalismo e um mundo globalizado haviam posto fim às utopias.

Com essa premissa, o diretor Silvio Tendler começou a reunir material para um documentário que tratasse dos rumos da História após a II Guerra Mundial. Mas depois do 11 de setembro, percebeu que a História estava longe do fim; pelo contrário, estava iniciando um período em que o islamismo surgia como nova utopia, novos países começavam a participar do cenário econômico mundial e os EUA elegiam o primeiro presidente negro da sua história.

O cineasta então adicionou novo material aquele já reunido e concluiu o documentário Utopia e Barbárie, que, segundo os jornais, trata a História com agá maiúsculo.



Em cartaz nos cinemas: Cine Bombril, Espaço Unibanco, Frei Caneca e Unibanco Arteplex.
Classificação: Livre.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Discoteca do Sétima Aula

Na casa em que cresci, sempre ouvi música popular brasileira. Meu pai, como bom sanfoneiro, não poderia deixar de ter como ídolo Luiz Gonzaga, o rei do baião, seu pupilo Dominguinhos e Sivuca. Isso significa que todos os LPs desses sujeitos que ele encontrasse à venda no Carrefour, durante as cansativas compras de mês que fazíamos no domingo posterior ao pagamento do seu salário, ele traria para casa e preencheria o espaço entre a vitrola e a divisória da estante. Espaço que, com o passar do tempo, ficou pequeno para a sua coleção de discos.

Nessa época, eu, com treze anos, não conseguia suportar por muito tempo essas músicas que meu pai ouvia por horas a fio. E, nos fins de semana, quando não as estava ouvindo, estava tocando seu acordeom. Eu gostava de rock, começava a arriscar as primeiras notas em um violão que troquei por um Dynavision e, como todo garoto daquela idade, pretendia tocar Stairway to Heaven e Wish You Were Here – ainda hoje vocês começam a estudar violão imaginando tocar essas mesmas músicas?

No colégio, muitos de meus amigos tocavam instrumentos musicais, de gaita à cítara. E um deles, de quem eu era mais próximo, por estudarmos na mesma sala, tocava guitarra muito bem e, por ter uma ótima condição financeira, tinha uma coleção de CDs que ocupava uma estante inteira do seu quarto. Como seu pai vivia viajando a trabalho para os EUA, sua coleção não parava de crescer. E era lá que ouvíamos bandas como Jane’s Addiction, Infectious Groove, Biohazard, Pantera, Dream Theater e Slayer. Até que um dia, depois de estudarmos para uma prova de matemática, meu amigo me mostrou um cd que havia pegado da coleção de seu irmão: Gilberto Gil Unplugged (MTV), o acústico do Gil. Olhei o cd com desconfiança – aquela resistência que os adolescentes costumam demonstrar às coisas que não pertencem ao seu universo. Depois, meu amigo tocou algumas das músicas em seu violão, enfatizando a genialidade musical desse compositor. Ainda não havia me convencido de que aquilo era bom, e tinha estranhado o fato de ter gostado do que ouvi – naquela época eu pensava que alguém da minha idade não poderia ouvir algo que não fosse rock. Pedi para ele fazer uma cópia numa fita K7, claro, e fui embora ouvindo o Gil.

Dias depois, lá estava o mesmo Gilberto Gil nas aulas de História e Literatura. Ele, seus parceiros e amigos tornaram-se os protagonistas de aulas que tinham como tema a luta contra o regime militar e a censura. E foi assim que eu percebi o quanto teria perdido se não tivesse voltado para casa, naquele dia, ouvindo a fita do Gil.

Eu havia, definitivamente, rompido o preconceito musical. Passei a ouvir o que meu pai tinha em casa. Peguei gosto pela música popular e instrumental brasileira. E tive a certeza que não seria só um roqueiro, ou melhor, um fã de rock, quando eu e meus amigos passamos a viajar para a praia ouvindo Jimmy Hendrix, mas tocado pelos baianos Gilberto Gil e Caetano Veloso (coloquei a música no fim do post – aposto que vocês vão gostar). Era impressionante como as duas coisas (o rock e a MPB) podiam conviver em harmonia. Foi aí que entendi o que era o Tropicalismo e a proposta musical de Chico Science, Lenine e toda essa turma.

Por isso, resolvi postar aqui no blog, no mínimo a cada quinze dias, uma indicação de música brasileira, preferencialmente instrumental ou que não esteja no grande circuito, para dividir com vocês o prazer que senti quando ampliei meu gosto musical. Pretendo postar um músico para cada letra do alfabeto. É mais ou menos como uma discoteca do sétima aula de A a Z. Claro que algumas letras vão ter uma infinidade de ótimos músicos e compositores, alguns que conheço e outros que nunca ouvi, mas vou tentar colocar aquele que acho mais interessante, para que funcione como um bate-papo entre um amigo que está compartilhando aquilo que gosta com o outro. O que vocês acham?

Enquanto eu penso no primeiro, na letra A, vamos ouvir Wait until tomorrow, do Hendrix, tocada e cantada por Caetano e Gil?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Blog do 8

Pessoal,

Já está no ar o blog do colégio. Lá vocês poderão ficar por dentro de tudo o que acontece no colégio e participar da escolha do nome e do layout do nosso jornal. É muito importante que todos participem, já que o layout vencedor será usado durante todo o ano letivo de 2010. Além disso, o envolvimento de todos é fundamental para um jornal que será feito por vocês e para vocês.

Acessem:



sábado, 10 de abril de 2010

Filmes - 1ª Lista

Pessoal, estou postando a primeira lista dos filmes que já estão na escola. Incluí, abaixo das sinopses, os temas de aulas relacionados com o filme.
Em breve, os títulos sobre a Idade Média estarão na escola.

História Geral

PRÉ-HISTÓRIA
Paleolítico


1- A Guerra do Fogo
1981
100 min.
16 anos


A Guerra do Fogo conta a saga de uma tribo e seu líder, Naoh, que tenta recuperar o precioso fogo recém-descoberto e já roubado. Através dos pântanos e da neve, Naoh encontra três outras tribos, cada uma em um estágio diferente de evolução, caminhando para a atual civilização em que vivemos. Os sons e a linguagem embrionária do filme são criações do escritor Anthony Burgess, o mesmo de Laranja Mecânica. Mistura de ficção científica e aventura, o filme é uma perfeita reconstituição da pré-história, tendo como eixo a descoberta do fogo. Fantástico e visionário, o filme é uma aula de história e de cinema.

Temas Relacionados: Pré-História, Paleolítico, Neolítico.

PRÉ-HISTÓRIA
Paleolítico / Neolítico


2 - Discovery Channel – Homem Pré-Histórico – Vivendo entre as feras
2002
100 min.
Livre

Neste documentário, conheceremos a vida do homem pré-histórico entre 12 e 40 mil anos atrás. Nessa época, o homem moderno já havia se estabelecido em todos os continentes, com exceção da Antártica. Esses mesmos humanos dividiam o continente com feras pré-históricas, como: tigres-dentes-de-sabre, mamutes e ursos gigantes. Utilizando os mais modernos recursos tecnológicos e científicos, é mostrado como eram esses animais e como era a terra onde eles viviam. Veja nossos ancestrais vivendo entre as feras e lutando por sua sobrevivência.

Temas Relacionados: Pré-História, Paleolítico, Neolítico.

HISTÓRIA ANTIGA
Egito


3 - A Construção das Pirâmides – History Channel
Livre

Quem construiu esses gigantescos monumentos, últimas maravilhas remanescentes do Antigo Egito? Como o material foi transportado? Os arqueólogos afirmam que os faraós egípcios utilizaram a força de milhares de trabalhadores por décadas para construir esses monumentos por volta de 2550 a.C., mas nem todos concordam. Neste documentário conheceremos as hipóteses mais prováveis de como foram feitos esses valiosos mausoléus.

HISTÓRIA ANTIGA
Hebreus /Egito

4 - O Príncipe do Egito
1998
99 min.
Livre


No Antigo Egito, quando os hebreus lá viviam como escravos, o faraó Seti, temendo o constante nascimento de crianças hebreias – pois no futuro poderiam se tornar uma força que ameaçasse seu poder –, ordena que todos os bebês hebreus do sexo masculino sejam afogados. Uma hebreia se desespera ao ver que seu filho poderá ser morto e, para salvá-lo, o coloca em uma cesta no rio. A criança, encontrada pela rainha, acaba sendo criada como irmão de Ramsés, o herdeiro do trono de Seti. Os dois crescem e se tornam grandes amigos, mas Moisés acaba descobrindo sua origem e decide abandonar o palácio e libertar os hebreus para levá-los à Terra Prometida.

Temas Relacionados: Egito: Novo Império, Seti, Ramsés, êxodo dos hebreus, Moisés.


5 - Os Dez Mandamentos
1956
232 min.
Livre


Criado pelo faraó, Moisés torna-se adulto e descobre que, na verdade, é filho dos hebreus. Ao ouvir as mensagens de Deus, que lhe dá poderes divinos, decide dedicar sua vida à libertação de seu povo da escravidão no Egito. A clássica cena em que Moisés separa as águas do Mar Vermelho entrou para a antologia do cinema.

Temas Relacionados: Egito: Novo Império, Seti, Ramsés, êxodo dos hebreus, Moisés.

6 - Sansão e Dalila
178 min.
14 anos


Esta é a história do herói israelita Sansão e a linda filisteia Dalila. Ele, um simples pastor com a força de um titã. Ela, dividida entre o amor e a lealdade a seu povo. Impedida pelo pai de se casar com Sansão, a bela Dalila arquiteta um plano para acabar com a força de seu amor, tornando-o, assim, escravo do povo filisteu.
Ao recuperar sua força, Sansão passa a perseguir e a derrotar, um a um, todos aqueles que o escravizaram. A vingança contra os inimigos filisteus fez de Sansão um dos maiores heróis da Bíblia.

Temas Relacionados: Hebreus, filisteus, relato bíblico.

HISTÓRIA ANTIGA
Grécia


7 - Troia
2004
163 min.
14 anos


Na Grécia Antiga, a paixão de um dos casais mais lendários da História - Páris, príncipe de Troia (Orlando Bloom), e Helena (Diane Kruguer), rainha de Esparta - desencadeia uma guerra que irá devastar uma civilização.
Páris rouba Helena de seu marido, o rei Menelau (Brendan Gleeson), e este é um insulto que não pode ser tolerado. A honra da família determina que uma afronta a Menelau seja considerada uma afronta a seu irmão Agamenon (Brian Cox), o poderoso rei de Micenas, que logo une todas as tribos da Grécia para trazer Helena de volta, em defesa da honra do irmão.

Temas Relacionados: Grécia: Período Homérico.


8 - A Odisseia
1997
154 min.
16 anos


Francis Ford Coppola comandou esta megaprodução de 40 milhões de dólares, com efeitos especiais grandiosos, retratando a aventura excitante de Ulisses, herói grego, após a Guerra de Troia.
Uma adaptação do poema clássico A Odisseia, atribuído a Homero, onde Odisseu (Ulisses) enfrenta a fúria dos deuses, perigosos inimigos e monstros mitológicos, demonstrando bravura e resistência para retornar aos braços de sua amada Penélope.

Temas Relacionados: Grécia: Período Homérico

9 - Os 300 de Esparta
1962
113 min.
12 anos

Baseado em acontecimentos reais ocorridos na Grécia em 490 a.C., este incrível drama conta com Richard Egan como o soldado grego Leônidas, que comandou 300 soldados espartanos contra o poderoso exército persa na batalha de Termópilas.
Impossibilitado de recrutar os soldados necessários para defender uma passagem grega pelas montanhas contra o rei da Pérsia Xerxes, Leônidas não hesita em se preparar para a batalha. Quando avisado que o número de arqueiros que seu pequeno exército enfrentará é “capaz de bloquear o Sol”, ele afirma que seu exército “lutará nas sombras”. Com magnífica fotografia, realismo e trilha sonora, esta história de coragem e autossacrifício é uma obra-prima do cinema.

Temas Relacionados: Grécia: Período Clássico, Guerras Médicas, Hegemonias Gregas.

10 - 300
2007
116 min.
16 anos


300 é um relato sangrento da Batalha das Termópilas, da Antiguidade, na qual o rei Leônidas (Gerard Butler) e 300 espartanos lutaram até a morte contra Xerxes (Rodrigo Santoro) e seu numeroso exército persa. Enfrentando dificuldades insuperáveis, o sacrifício desses homens levou toda a Grécia a se unir contra o inimigo persa, traçando um marco no caminho para a democracia.
Inspirada pela obra de Frank Miller, criador da graphic novel Sin City, o filme é uma aventura épica que fala de paixão, coragem, liberdade e sacrifício incorporados pelos guerreiros espartanos que lutaram em uma das maiores batalhas da história. Corroteirizado e dirigido por Zack Snyder (Madrugada dos Mortos), o filme dá vida à célebre graphic novel de Miller, combinando ação ao vivo com cenários virtuais que captam sua visão particular deste episódio da história antiga.

Temas Relacionados: Grécia: Período Clássico, Guerras Médicas, hegemonias gregas.


HISTÓRIA ANTIGA
Período Helenístico


11 - Alexandre
2004
177 min.
14 anos


Oliver Stone recria a poderosa e verdadeira história de Alexandre, o Grande (Colin Farrell), que, no quarto século antes de Cristo, havia conquistado a Grécia, a Pérsia, o Afeganistão e a Índia - ou seja, 90% do “Mundo Conhecido” até então. Mesmo tendo enfrentado grandes exércitos de bigas e elefantes, ele nunca perdeu uma batalha! Visionário, explorador e sonhador, ele era também um filho carinhoso, ferido pelo amor, pela ambição de sua mãe (Angelina Jolie) e pela eterna necessidade de agradar seu pai (Val Kilmer). Seu sonho moldou o mundo como o conhecemos hoje.

Temas Relacionados: Período Helenístico.

HISTÓRIA ANTIGA
Roma - Monarquia


12 - Rômulo e Remo
1961
105 min.
Livre


Rômulo e Remo conta a inesquecível lenda da fundação da cidade de Roma, um dos maiores impérios que já existiu. Quando a sua mãe, uma princesa latina, foi assassinada por um tio, os bebês gêmeos Rômulo e Remo foram lançados ao Tibre. Salvos por uma loba, que os amamentou e os tratou como se fossem seus filhos, guardaram para si os sentimentos de ferocidade e lealdade. O filme acompanha os desafios dos jovens desde a infância até a vida adulta, e é estrelado por dois grandes atores de épicos: Steve Reeves e Gordon Scott. Os dois irmãos, grandes justiceiros que buscavam o fim da tirania existente na Itália pré-romana, escolhem rumos diferentes para conseguir alcançar seus objetivos. Mas seus caminhos se cruzam e os heróis percebem que estão em lados opostos de uma mesma guerra - e estão dispostos a lutar até a morte para conseguir o que querem.

Temas Relacionados: Origem lendária de Roma, monarquia romana.

HISTÓRIA ANTIGA
Roma - República


13 - Aníbal: O Pior Pesadelo de Roma
2006
90 min.
12 anos


Duzentos anos antes do nascimento de Cristo, Roma se torna a nova potência do mundo antigo, supostamente invencível. No entanto, um homem está destinado a mudar isso, guiado pelo seu juramento de vingar as injustiças infligidas ao seu lar. Aníbal explora o homem atrás do mito, revelando o que levou um gênio de 26 anos de idade a executar o mais audacioso plano militar de todos os tempos. Com 40 mil soldados e 37 elefantes, ele marchou 1.500 milhas para desafiar seu inimigo em seu próprio território.

Temas Relacionados: Guerras Púnicas, expansão romana, Período Republicano.


14 - Spartacus
2005
173 min.
16 anos

Condenado a passar o resto de sua vida trabalhando sob o sol do deserto, o escravo Spartacus já havia perdido a esperança de liberdade. Comprado por um agente de gladiadores, é obrigado a lutar até a morte para o divertimento da elite. Revoltado com sua condição, ele lidera uma revolução de escravos que vai ameaçar o Império Romano e lhe render poderosos inimigos.

Temas Relacionados: escravismo antigo, rebelião escrava, Período Republicano.

15 - Julius Ceasar
2002
137 min.
13 anos


General feroz. Orador qualificado. Político compreensivo. Este é Júlio César, um dos maiores líderes do mundo e símbolo do Império Romano. Sua ascensão ao poder foi marcada por sacrifício, assassinato e traição. Com a bela Cleópatra em um dos braços e uma espada no outro, César tomou o controle de um vasto território, legiões premiadas de seguidores, colhendo inimigos e criando história, antes de cair nas mãos de Brutus, até então seu maior aliado. Esta é uma história de um homem notável, que se tornou uma lenda inesquecível.

Temas Relacionados: Primeiro Triunvirato, conquista da Gália, ditadura de César, assassinato de César.

HISTÓRIA ANTIGA
Roma - Império


16 - Gladiador
2000
155 min.
14 anos


O destemido Maximus é um honrado general romano que tem sua família massacrada por recusar lealdade ao inescrupuloso Commodus, filho do imperador recém-assassinado.
Vendido como escravo, Maximus, utiliza toda a sua genialidade militar para vencer seus oponentes no sangrento Coliseu romano.
Destacando-se como gladiador, ele retorna a Roma em busca de vingança.

17 - Ágora
2009
126 min.
14 anos


No Egito Romano, durante o século IV, a filósofa e astróloga Hipátia, de Alexandria, luta para salvar a sabedoria adquirida pelo mundo antigo. Seu escravo Davus está dividido entre o amor por sua senhora e a possibilidade de ganhar sua liberdade se juntando à crescente corrente do cristianismo.

Temas Relacionados: Queda do Império Romano, expansão do cristianismo, biblioteca de Alexandria.


18 - Átila, o Huno
2001
107 min.
14 anos


Dois mundos se confrontam e, com eles, os dois homens que personificam os valores e a essência desses mundos. Átila, rei dos hunos (Gerard Butler), é um idealista que vê mais no seu povo do que nele próprio. Ao passo que a felicidade dos hunos reside na pilhagem e extorsão das nações vizinhas, Átila pretende mais, considerando a possibilidade de um império e uma nova ordem mundial. O general romano Flavius Aetius (Powers Boothe) personifica o melhor e o pior do Império Romano nos últimos anos de sua existência. Sua motivação provém de um objetivo primordial: é imperativo que Roma continue dominando o mundo. Duas perspectivas diferentes do destino, defendidas por dois homens mais poderosos do século... Conflitos principais do filme Átila, o Huno.


Temas Relacionados: Queda do Império Romano, Invasões Bárbaras, Hunos.

domingo, 21 de março de 2010

Clube do Filme

Diante das mudanças feitas pelo Objetivo no material didático do 3º ano do Ensino Médio, os alunos apresentaram uma ótima solução para lidar com o conteúdo condensado: sugeriram a montagem de uma filmografia que abordasse cada um dos períodos históricos estudados. E, melhor do que isso: eles estão se organizando para assistir a esses filmes nos finais de semana, em grupo, nas casas dos pais dispostos a recebê-los.

A ideia é tão boa que merece ser estendida para todas as turmas. Por isso me dispus a montar a filmografia e, com a colaboração da coordenação do colégio, disponibilizá-la para que os alunos possam realizar empréstimos, seguindo a indicação que corresponde ao conteúdo estudado em sala.

Pensamos em disponibilizar esses filmes às quintas-feiras, no PI, ficando os alunos responsáveis por devolvê-los na segunda-feira seguinte. O critério para o empréstimo é que seja respeitada a classificação etária do filme, e isso não deve ser encarado como empecilho. [Notei que os filmes com classificação 14 ou 16 anos correspondem aos de conteúdo direcionado ao Ensino Médio.]

A primeira parte da filmografia já está pronta, cobrindo a Pré-História (Paleolítico e Neolítico) e a Antiguidade (Egito; hebreus; Grécia: Período Homérico, Período Clássico, Hegemonias Gregas e Período Helenístico; Roma: Origem Lendária, Monarquia Romana, Guerras Púnicas, Período Republicano, Escravismo Antigo, Primeiro Triunvirato, Conquista da Gália, ditadura e assassinato de César, Biblioteca de Alexandria e Queda do Império Romano). Acredito que até o término dessa semana, mais precisamente quinta-feira, essa primeira leva já esteja disponível na escola. O próximo passo é a Idade Média e assim por diante, até encerrarmos com a Idade Contemporânea que, pela grande quantidade de títulos, precisará ser bem pensada e, com toda a certeza, muitos títulos interessantes ficarão fora da lista. Mas podemos indicá-los aqui no blog, inclusive com a ajuda de vocês, dando sugestões e comentado os filmes.

Em uma conversa com os alunos do 3º ano, sugeri que as reuniões que eles pretendem fazer para ver os filmes podem ser transformadas em uma espécie de “Clube do Filme”. Para isso, poderíamos criar um meio de registrarmos as impressões e as opiniões que cada grupo teve sobre o filme assistido. Pode ser criada uma discussão neste blog, pode ser criado um blog “Clube do Filme”, podem ser feitas reuniões quinzenais, mensais, enfim, dentre as tantas possibilidades, o objetivo é fazer com que os grupos troquem suas impressões sobre os filmes e discutam os temas históricos tratados neles.

Essas são ideias que podemos discutir e amadurecer, pois o Cinema, assim como a Literatura, é um marcador de memória, e, com exceção dos filmes de ficção científica, todos os filmes retratam e reconstituem acontecimentos do passado, sejam eles de importância histórica ou não. E o filme em si, a obra de arte, também é objeto de interesse da História, pois está impregnado do pensamento daqueles que viveram na época em que o filme foi produzido.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Clássicos da Literatura

Miguel de Cervantes, Oscar Wilde, Dostoievski, Homero e Euclides da cunha são alguns dos grandes autores da nova coleção da Abril, Clássicos Abril Coleções, que traz os grandes nomes em contos, poesia, romance e teatro da literatura mundial.

A coleção, formada por 30 obras em 35 volumes luxuosos, tem capa dura em tecido e miolo em papel nobre, e cada livro vem acompanhado por um caderno de 16 páginas com informações sobre o autor e sua obra. Além disso, todos os livros estão de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa.

O lançamento da coleção ocorrerá em fases: em 26 de fevereiro nos Estados de SP e RJ, e em maio nos outros Estados. Um volume novo chegará às bancas toda semana, mas é importante lembrar que cinco das 30 obras estarão divididas em dois volumes. São elas: Crime e castigo, Dom Quixote, Moby Dick, Ilusões perdidas e Os sertões. A edição de lançamento, de Crime e castigo, trará os dois volumes pelo preço de um: R$ 14,90. Todos os demais volumes serão vendidos por R$ 14,90 individualmente.
fonte: http://www.dinap.com.br/site/noticias/conteudo_394212.shtml


A coleção completa:

Vol 1) Crime e castigo - vol. I, Fiódor Dostoiévski
Vol 2) Crime e castigo - vol. II, Fiódor Dostoiévski
Vol 3) Madame Bovary, Gustave Flaubert
Vol 4) O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
Vol 5) Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
Vol 6) A divina comédia - Inferno, Dante Alighieri
Vol 7) Os sofrimentos do jovem Werther, J.W. Goethe
Vol 8) O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha - vol. I, Miguel de Cervantes
Vol 9) O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha - vol. II, Miguel de Cervantes
Vol 10) Hamlet, Rei Lear e Macbeth, William Shakespeare
Vol 11) Ilusões perdidas - vol. I, Honoré de Balzac
Vol 12) Ilusões perdidas - vol. II, Honoré de Balzac
Vol 13) Orgulho e preconceito, Jane Austen
Vol 14) O primo Basílio, Eça de Queirós
Vol 15) Moby Dick - vol. I, Herman Melville
Vol 16) Moby Dick - vol. II, Herman Melville
Vol 17) O falecido Mattia Pascal, Luigi Pirandello
Vol 18) O homem que queria ser rei e outras histórias, Rudyard Kipling
Vol 19) Os lusíadas, Luís de Camões
Vol 20) A metamorfose, Franz Kafka
Vol 21) Outra volta do parafuso, Henry James
Vol 22) O assassinato e outras histórias, Antón Tchekhov
Vol 23) O morro dos ventos uivantes, Emily Brontë
Vol 24) Mensagem, Fernando Pessoa
Vol 25) Coração das trevas, Joseph Conrad
Vol 26) O vermelho e o negro, Stendhal
Vol 27) Cândido, Voltaire
Vol 28) Os Malavoglia, Giovanni Verga
Vol 29) Os sertões - vol. I, Euclides da Cunha
Vol 30) Os sertões - vol. II, Euclides da Cunha
Vol 31) Contos de amor, de loucura e de morte, Horacio Quiroga
Vol 32) Infância, Maksim Górki
Vol 33) Grandes esperanças, Charles Dickens
Vol 34) No caminho de Swann, Marcel Proust
Vol 35) Odisseia, Homero

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Para refletir

Já falei em algumas salas sobre o dever que cada um tem de controlar o seu “hitlerzinho” interior. Digo isso porque acredito na ideia de que as pessoas mais equilibradas são aquelas que possuem consciência dos seus atos falhos e, por isso, podem controlá-los. Mas o pior mesmo se dá quando esses que não conseguem controlar o tal do “hitlerzinho” interior conseguem, através de argumentos, convencer outros a pensarem como eles. Pronto. Está aí a fórmula consagrada que coloca pessoas desequilibradas em posições de mando e poder. Pode, num primeiro momento, parecer bobagem, mas a intolerância começa na sala de aula, se expande para o colégio, o bairro e depois a História se encarrega de contar o resultado destruidor desse pessoal.

O filme A Onda, que se eu não me engano já deve estar disponível em DVD, exemplifica muito bem isso tudo. Baseado em fatos reais ocorridos no fim da década de 60, em Palo Alto, Califórnia, o filme conta a história de um professor de História que, durante suas aulas sobre a ascensão do nazismo e suas consequências, resolve fazer uma experiência para responder as dúvidas dos alunos. A experiência consistia em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo. O que ele não esperava é que aquilo fosse tomar proporções gigantescas, como uma onda. O filme, por ter classificação etária de 14 anos, é indicado para os alunos do Ensino Médio. Abaixo está o trailer.



Outro filme que aborda um tema parecido é A Fita Branca, em cartaz nos cinemas. O filme conta a história de um vilarejo protestante no norte da Alemanha, em 1913, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, onde acontecimentos violentos começam a se repetir sem que o responsável por eles seja encontrado.

O curioso é que as crianças e jovens retratados no filme são os homens e mulheres que, mais tarde, vão apoiar as ideias de Hitler e executá-las. Com isso, o filme nos faz pensar em como as relações sociais e familiares daquele vilarejo, que retrata o modo de vida alemão da época, podem ter sido a raiz do mal que levou e manteve Hitler no poder. Entre os personagens, destacam-se o barão, que detém o poder local; o pastor protestante autoritário; o médico violento e sem preocupação com os sentimentos alheios; um professor sensível, mas sem firmeza nas suas palavras; e um bando de crianças reprimidas e sem ter o que fazer. Seria essa a base do mal que mais tarde vai se instalar no país? Para refletir.

O filme, também com classificação etária de 14 anos, é indicado para os alunos do Ensino Médio. Vejam o trailer.